Trabalhadores químicos aprovaram na noite de ontem, em assembleia, a pauta de reivindicação da campanha salarial deste ano. Aproximadamente 300 funcionários estiveram presentes na reunião, de uma base de 40 mil trabalhadores no Grande ABC – divididos pelos setores químico, petroquímico, plástico, tintas e vernizes, resinas sintéticas e colas e de explosivo.

A entrega do documento será no dia 28, quarta-feira. Em aproximadamente uma semana os empresários devem enviar contraproposta e o calendário das rodadas de negociação será definido. “Neste ano queremos antecipar os encontros para conseguirmos cumprir nossa data base”, assinala Raimundo Suzart, diretor do Sindicato dos Químicos do ABC e coordenador da Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT do Estado de São Paulo).

Neste ano, a categoria pleiteia reajuste salarial de 13% (somadas perdas salariais e aumento real); redução da jornada de trabalho, com sábados e domingos livres; licença-maternidade de 180 dias (passando de quatro para seis meses); cesta básica gratuita (valor base de junho, calculada pelo Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – em São Paulo, de R$ 340,46) e aumento nos pisos salariais para R$ 1.550 (hoje, a base está em R$ 1.073,60 para empresas com mais de 50 trabalhadores e em R$ 1.056,44 para companhias com até 50 colaboradores).

Mesmo pedindo 13% de reajuste vale lembrar que, no ano passado, os químicos aprovaram correção de 7,8% sobre os salários (sendo 1,71% de aumento real e 5,9% de reposição da inflação) – índice bem abaixo do que era reivindicado, de 12%. Em 2012, o acordo foi firmado entre as partes no dia 9 de novembro.