Setecidades Titulo Santo André
Justiça ordena volta
de nove servidores
ao Paço

Após tremores no prédio, procuradores haviam conquistado direito de atuar em outra área

Cadu Proieti
Do Diário do Grande ABC
10/08/2013 | 07:00
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Denis Maciel/17.07.2013/DGABC


A Justiça ordenou que os nove procuradores municipais de Santo André que estavam atuando na sede do Procon, na Vila Bastos, voltem a realizar suas atividades no Paço. Os profissionais haviam conquistado o direito de atuar fora do prédio do Executivo também por meio do Judiciário, em novembro, alegando receio em permanecer no edifício, onde foram detectadas vibrações até agora inexplicadas.

A polêmica teve início em outubro, quando foram sentidos abalos no prédio do Executivo, que teve de ser evacuado. Após a situação, nove procuradores do município entraram na Justiça pedindo que fosse feito laudo detalhado para saber as reais condições do prédio. Posteriormente, outra funcionária pública também entrou com ação individual buscando o mesmo propósito. Os servidores ganharam liminar para atuar fora do edifício.

Intimada pela Justiça, a Prefeitura contratou a empresa Falcão Bauer para realizar estudo sobre a estrutura do prédio. O levantamento diz que não há perigo de desabamento. Nas apontou três pontos de risco classificados como severos e que devem ser corrigidos em até seis meses: corrosão avançada nas armaduras de caixa-d’água no 15° andar, isolamento de área próxima da fachada – que possui risco de queda do revestimento cerâmico – e projeto para a adequação estrutural nos pilares dos elevadores.

Com base nessas informações, no dia 23, a juíza auxiliar de direito da 2ª Vara da Fazenda Pública do município, Patrícia Pires, determinou que o 15° andar do prédio, o último do edifício, fosse totalmente interditado dentro de 24 horas. A administração municipal conseguiu mais dez dias de prazo, mas acatou a ordem judicial. No pavimento funcionam o gabinete da Secretaria de Assuntos Jurídicos, as procuradorias Geral, Fiscal, Judicial e Patrimonial. Cerca de 60 funcionários atuam no local.

Poucos dias depois, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ivan Sartori, suspendeu, por seis meses, a liminar que determinava a desocupação do 15° andar, alegando que haveria “grave lesão à ordem e economia públicas” com a interdição do pavimento.

Com base na decisão superior, a juíza auxiliar de direito da 2ª Vara da Fazenda Pública ordenou que os nove procuradores que atuavam na sede do Procon voltassem ao prédio do Executivo. “Determino o retorno da autora às suas atividades laborativas junto ao edifício sede, sendo que ela poderá permanecer no 15° andar, se assim determinar o superior hierárquico, apenas pelo prazo de seis meses”, diz parte da decisão.

Segundo a Prefeitura, os servidores já foram comunicados sobre a decisão, que será publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo na segunda-feira. A administração municipal informou que não teve custos com a realocação dos servidores em outro espaço público, porém teve gastos operacionais com o transporte diário de processos e documentos necessários para a execução do trabalho. 




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