Márcio Bernardes Titulo
(In) Segurança na África e no Brasil

Todos sabem da minha preocupação com os problemas de segurança que viveremos na África do Sul durante a Copa do Mundo. Minha experiência...

Por Especial para o Diário
09/02/2010 | 00:00
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Todos sabem da minha preocupação com os problemas de segurança que viveremos na África do Sul durante a Copa do Mundo. Minha experiência no sorteio em dezembro deixou-me assustado. Mas devo também reconhecer que vivemos em um País com índices altíssimos de criminalidade.

Na semana passada, delegação de judô da Argentina, que disputava competição em São Paulo foi assaltada na porta do hotel onde se encontrava, nas imediações do Ibirapuera.

Cheguei à conclusão de que todos nós que estaremos na África devemos redobrar os cuidados. Ou não é assim que vivemos em São Paulo?

INVICTUS - A África do Sul tem vantagem sobre o Brasil: é de lá o maior homem da humanidade, depois de Jesus Cristo.

Nelson Mandela, personagem do filme de Clint Eastwood, mostra como dedicou sua vida a uma causa e quando a conquistou, não cedeu ao desejo fácil de vingança.

A demonstração do líder que usou a principal equipe de rugby do país, um esporte exclusivo dos brancos, para comprovar sua tese de que após o apartheid a África deveria viver novo momento de união sem discriminação, onde brancos e negros estivessem irmanados pelo sonho de um homem que ficou 27 anos de sua vida preso por essa causa.

Os negros sempre detestaram o rugby, símbolo dos brancos. Estes, por consequência, não aceitavam intromissão dos negros.

Mandela, interpretado pelo magistral Morgan Freeman, com toda sua habilidade e sapiência, dialogou e mostrou a todos que o esporte pode ser um elo e inclusão. Pediu compreensão aos brancos e negros, uniu-os, surpreendeu o país quando foi ao Ellis Park com o uniforme do Springbooks, na decisão do Mundial de 1995, entrou em campo, cumprimentou um a um os jogadores, tratando-os pelos nomes ou como filhos.

A conquista da Copa do Mundo de Clubes sobre a favoritíssima Nova Zelândia foi a repetição de David e Golias, desta vez simbolizados pela união de negros e brancos, que em nada se diferenciam senão pela cor da pele.

O país da Copa de 2010 não vive mais o apartheid. O exemplo de compreensão, perdão e desejos de união multirracial de Mandela, cada vez se solidificam mais sobre aquele povo.




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