Memória Titulo
Para testar os batateiros de São Bernardo

Qual foi a primeira loja revendedora de móveis...

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
16/05/2013 | 00:00
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1- Qual foi a primeira loja revendedora de móveis de São Bernardo? E a segunda, a terceira?
2 - Onde ficava a Vila Corazza?
3 - O que os trabalhadores de móveis conduziam no bolso de traz da calça?
4- Quem lembra a sequencia das casas comerciais que ficavam entre a Rua Dr. Flaquer e a Rua Newton Prado?
5- No feriado de 1º de Maio, onde os antigos são-bernardenses faziam piquenique? Não vale dizer que era o Estoril.

As questões foram levantadas por ocasião do aniversário de João Gava, nosso centenário colaborador, realizado em Rudge Ramos, terra natal do aniversariante. E quem nos colocou as questões foi esta dupla mais jovem de batateiros que aparece, orgulhosa, entre o batateiro mais experiente, João Gava.

Falamos dos dois Armandos, o Couceiro e o Cavinato, Armandinho Cavinato, advogado e professor.

Flagramos as questões e as respostas, que vão relacionadas:

1- São Bernardo produzia móveis e enviava, de caminhão, para São Paulo. Demorou a ser aberta a primeira loja local, que foi a Basso & Berardi, localizada à Rua Marechal Deodoro, esquina com a Rua Rio Branco. A segunda loja foi montada por Matao Miyagawa e a terceira, aberta em 1952 por Joaquim Couceiro, o Zota, da Fábrica de Móveis São João.
2- Vila Corazza, construída pela Indústria de Móveis Irmãos Corazza, era formada por 12 casas. Ficava na Alameda Glória, Vila Dusi, próxima à Rua Jurubatuba.
3- Era comum os trabalhadores de móveis levarem uma garrafinha de café e um metro no bolso. Muitos seguiam de bicicleta as mais de 100 fábricas do gênero espalhadas pelo Centro de São Bernardo.
4- Na virada dos anos 1940 para 1950 este quarteirão era ocupado pela agência do Banco Noroeste, Padaria Brasil, Loja Regina (de Romildo Fanani), Sindicato dos Moveleiros, Casa Wilma (de Gildo Carollo), Alfaiataria de Ricieri & Olavo, Ferragem Fanani e Farmácia Morganti.
5- Antes do Estoril, as gentes antigas de São Bernardo costumavam fazer piquenique em Eldorado, às margens da Billings, todo Dia do Trabalhador.

Há mais histórias da São Bernardo de ontem e de hoje. Aguardem.

Fiandeiras no museu
Texto: Alexandre Takara

Que tento lavrou a equipe do Museu de Santo André Dr. Octaviano Armando Gaiarsa com o sucesso do 15º Encontro de Pesquisadores! Participei de todos, mas o último supera os anteriores pela ousadia dos temas abordados, pela excelência dos apresentadores e pela organização do evento que culminou, ao final, com a apresentação do espetáculo cênico musical - Roca de Fiar. Todos enfocaram a preservação da memória e da história de Santo André. Alguns chegaram a prognosticar o futuro através do planejamento urbano.

A cidade é um produto cultural, resultante da interatividade entre os moradores e a administração pública. Daí, os funcionários do Museu concebê-lo como Museu da Cidade, uma nova concepção de museologia - mais dinâmica e mais sensível às transformações que se realizam na cidade.

A cultura de Santo André e, por extensão, do Grande ABC, é mais do que a cultura industrial, é uma cultura ampla e diversificada que se expressa através da multilinguagem. Aqui estão presentes o teatro, a música, a literatura, a dança, as artes visuais... E a cidade é produto de uma longa jornada pelo tempo. 

Nesse sentido, o Museu de Santo André realiza dois movimentos simultâneos e aparentemente antagônicos. Para o passado, em busca de pepitas de memória e de história e as coloca à disposição da comunidade que as atualiza e as transforma em obras de arte, como fez o espetáculo cênico musical Roca de Fiar. Escarafunchou a memória das fiandeiras (costureiras e bordadeiras) e, através de canções e dança, conta os depoimentos das primeiras fiandeiras de Santo André.

Isso é fazer cultura. O 15º Encontro de Pesquisadores realizou a síntese entre o passado e o presente, entre a cultura industrial e a cultura artística e integrou a poesia, a música e a dança. Apelou à emoção e à racionalidade. E convenci-me de que a emoção é uma forma de inteligência.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS
Domingo, 15 de maio de 1983 - Ano XXV - Nº 5211
GRANDE ABC - Central Elétrica de São Paulo (CESP) anuncia projeto de incinerador para lixo sólido no Pólo Petroquímico de Capuava. Objetivo: gerar vapor e energia elétrica. Reportagem: Joaquim Alessi.
IMPRENSA - Os 25 anos do Diário do Grande ABC foram lembrados na Câmara Federal pelo deputado José Mendes Botelho (PTB).
FUTEBOL - Ontem, no Baetão: EC São Bernardo 2, Saad 1, pela Segunda Divisão de Acesso.
ADEUS - A morte de Nelson De Lauro, campeão de atletismo nos anos 40 pelo Aramaçan. Reportagem: Edélcio Cândido.

EM 16 DE MAIO DE...
1943 - Toma posse a diretoria do núcleo de Santo André da Legião Brasileira de Assistência. Na presidência, Basilisa Coelho Franco.
1948 - Lançado, em Santo André, o jornal Correio do Povo.
1978 - Greve aumenta e atinge 12 mil: voltam os dois mil funcionários da Scania; parados os da Ford, Volkswagen e Mercedes-Benz; emissoras de rádio e TV censuradas. 

HOJE
Dia do Gari

SANTOS DO DIA
Brendano, Honorato, João Nepomuceno, Luís Orione e Simão Stock.
João Nepomuceno (Tchecoslováquia, Pomuk 1330 - Praga 1383). Doutor em teologia e direito canônico. Sacerdote. Martirizado por não revelar as confissões da imperatriz Joana.

*Ademir Medici é jornalista e autor de livros sobre a memória do Grande ABC

FALECIMENTOS

IRENE BATISTA DOS SANTOS 
(Bragança Paulista, SP, 11-11-1921 - Santo André 14-3-2013)

Dona Irene foi uma das primeiras moradoras do bairro Camilópolis, em Santo André. Trabalhou na Rhodia. Casou-se, no seu bairro, com José Alves, em 1947. Constituiu numerosa família.

Católica fervorosa, gostava de visitar parentes até nos lugares mais distantes. Cozinhava bem e adorava cultivar flores. A filha Leila está casada com o memorialista e músico João de Deus. O casal cuidou da mãe até o fim.

Dona Irene partiu aos 91 anos. Está sepultada no Cemitério de Camilópolis.

SANTO ANDRÉ
Antonio Ferreira de Almeida, 92. Natural de Juazeiro (BA). Ontem. Cemitério Curuçá.
José Venâncio Dias, 82. Natural de Iguatu (CE). Ontem. Cemitério Curuçá.
Arceu Pegoraro, 79. Natural de Piratininga (SP). Dia 14. Cemitério da Saudade, Vila Assunção.
Geraldo Previatello, 78. Natural de Socorro (SP). Ontem. Cemitério Curuçá.
Zoraide Dias Martins, 75. Natural de Socorro (SP). Ontem. Cemitério Curuçá.
Ubirajara Rodrigues Ferreira, 54. Natural do Rio de Janeiro (RJ). Ontem. Cemitério Curuçá.

SÃO BERNARDO
Assunta Toledo Ordonhes, 94. Natural de Matão (SP). Dia 5. Cemitério de Vila Euclides.
Ana Cândida de Jesus Silva, 94. Natural de Varginha (MG). Dia 6. Cemitério do Baeta.
Oswaldo Cândido Teixeira, 86. Natural de São Paulo (SP). Dia 6. Cemitério Congonhas, Capital.
José Leopoldino, 84. Natural de Rio Casca (MG). Dia 6. Jardim da Colina.
Misael Amâncio Ribeiro, 82. Natural de Boa Nova (BA). Dia 5. Cemitério dos Casa.
Clodoaldo Francisco da Silva, 79. Natural de São Paulo (SP). Dia 8. Cemitério de Vila Euclides.
Judite Alzira Silva Pimenta, 73. Natural de Coreau (CE). Dia 3. Jardim da Colina.
Antonio Carlos Giannetti, 72. Natural de Fartura (SP). Dia 5. Cemitério da Paulicéia.

MAUÁ
Maria Irene Petri de Souza, 49. Natural de Londrina (PR). Ontem, em Santo André. Vale dos Pinheirais.
Sivaldo Pinto de Souza, 46. Natural de Mauá. Dia 14. Vale dos Pinheirais.

RIO GRANDE DA SERRA
José Maciel Leonel de Melo, 31. Natural de Riacho das Almas (PE). Dia 14, em Santo André. Cemitério São Sebastião.

RIBEIRÃO PIRES
Olívia Sacchetti Napoli, 96. Natural de Ribeirão Pires. Dia 14, em Santo André. Cemitério São José.
Walter Fernandes Pinto, 58. Natural de Santo André. Dia 14, em Santo André. Cemitério São José.

Serviços Funerários: Santo André - 4433-3544; São Bernardo - 4330-4527; Diadema - 4056-1045; Mauá - 4514-7399; Ribeirão Pires - 4828-1436; Rio Grande da Serra - 4820-4353.
Para anunciar um falecimento, ligue para 4435-8000.




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