Funcionários do setor farmacêutico aprovaram ontem, em assembleia, a proposta de reajuste salarial de 7,7%. Dos 2.000 trabalhadores da região, cerca de 60 compareceram à votação, que foi unânime.
De acordo com a proposta, aqueles que recebem acima do teto salarial (R$ 4.950) terão direito a um valor fixo de R$ 381,15 ao mês.
Além do aumento, o acordo coletivo prevê PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de R$ 950 nas empresas com até 100 funcionários. Acima disso, o benefício é de R$ 1.300 (hoje em R$ 1.200). O vale-alimentação subiu para R$ 100 (atualmente em R$ 90) nas indústrias com uma base superior a 100 funcionários. Nas demais, o vale ficou fechado em R$ 66.
No caso dos pisos, o acordo é para que haja dois: no valor de R$ 900 para as companhias de até 100 trabalhadores e de R$ 1.000 para aquelas com quadro de colaboradores maior - até então o piso era de R$ 835.
"Além de todas as conquistas, os trabalhadores terão direito a um abono de R$ 300. Aproveitamos para renovar as cláusulas sociais por mais dois anos. O único item que não conseguimos negociar foi o da expansão da licença-maternidade, de 120 dias para 180 dias", completa o diretor do Sindicato dos Químicos do ABC, Raimundo Suzart.
VALIDADE
Para que o acordo seja válido, a federação da categoria irá aguardar as assembleias na Capital e no interior do Estado de São Paulo - que devem ocorrer até amanhã. "Se as bases das outras regiões também aprovarem as propostas, devemos agendar para a próxima semana a formalização do acordo. Caso contrário, vamos voltar a negociar", explica Suzart.
No início da campanha, iniciada em fevereiro, a categoria reivindicava reajuste salarial de 13% e de piso, PLR de R$ 2.000 para todos os trabalhadores, melhoria no valor do vale-alimentação e extensão da licença-maternidade.
RAIO X
No País há, aproximadamente, 30 mil trabalhadores no setor. Desses, 20 mil estão empregados nas indústrias do Estado de São Paulo. A data-base é em 1º de abril.
Segundo a indústria química como um todo, os resultados da segmento farmacêutico foram muito positivos no ano passado.
Dados da entidade que representa os empresários do segmento, o Sindusfarma, apontam que o faturamento líquido das empresas instaladas no Brasil cresceu 16,3% em relação a 2009, e atingiu R$ 35,1 bilhões.
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