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Bom atendimento determina venda
Por Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
14/02/2011 | 07:12
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Edmilson Magalhães/DGABC


O mercado de roupas é um dos que mais possuem variedades de produtos e preços. Muitas vezes alguns detalhes convencem o consumidor a comprar uma calça, camiseta ou agasalho. Mas para os brasileiros, o que realmente conta na escolha de uma peça é o atendimento.

Foi isso que revelou a pesquisa realizada pelo Iemi (Instituto de Estudos e Marketing Industrial). Cinquenta e um por cento dos consumidores consideraram que o bom atendimento foi fator determinante para a última compra de roupa.

A atriz Juliana Arapiraca, que reside em São Caetano, concorda com o resultado da pesquisa. Para ela, a percepção do funcionário da loja é fundamental. "Quando a pessoa me mostra um produto diferenciado, uma novidade, contribui muito para que eu compre", afirma.

E a vasta gama de produtos do mercado contribui para que o atendimento seja decisivo na opinião do consumidor, afirma o diretor do Iemi, Marcelo Villin Prado.

"As roupas são produtos cujas marcas, muitas vezes, são desconhecidas. A roupa pode ser bonita, bacana, e a pessoa se encantou com a vitrine. Mas não existe a certeza se o material é bom, então é necessário um apoio para comprar. E é o atendente ou balconista que cumpre esse papel", explica Prado.

O corretor de investimentos sancaetanense Heitor Ricardo Sobh Esplugues também preza o bom atendimento. "Sou atraído por uma vitrine bem arrumada. Mas quando estou dentro da loja, o que conta muito é o bom atendimento", conta.

"O atendente vai dizer que uma peça vende bem, que é muito boa, e no fim ele passa a confiança que, mesmo sem marca conhecida, aquela roupa se encaixa às necessidades do cliente", destaca Prado.

E ao mesmo tempo que metade dos consumidores considera o bom atendimento com ponto chave para a compra de um vestuário, a falta dele é componente relevante para a rejeição do estabelecimento comercial.

Conforme o levantamento do Iemi, 76% dos brasileiros afirmam que rejeitaram a loja quando consideraram que o atendimento não foi bom. Esse requisito supera os preços acima da concorrência, que foi citado por 29,2% dos entrevistados com fator de rejeição do estabelecimento.

"Se o consumidor chegar em uma loja e for mal recebido, se sentindo desprezado, isso mata a loja. O que desagrada deixa marca, cicatriz e dificilmente você esquece. E o homem é mais sensível neste ponto. A pesquisa indicou que as mulheres voltam em algumas lojas depois de mal atendidas", explica Prado.

O estudo do Iemi contou com 3.300 entrevistados de 500 municípios em todos os Estados. De acordo com Prado, o recorte espelha 84% dos consumidores.




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