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Inadimplência com cheques teve alta de 36,9% em maço
Por Adriana Mompean
Do Diário do Grande ABC
20/04/2004 | 00:01
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De acordo com indicadores da Telecheque, empresa especializada na gestão de risco e concessão de crédito, o índice de inadimplência referente aos cheques depositados em março aumentou 36,9% ante fevereiro no país. E na comparação do primeiro trimestre de 2004 com o mesmo período em 2003, o aumento da inadimplência foi de 27,23%. Os indicadores da Telecheque referem-se ao volume, em reais, de cheques transacionados em todo o varejo nacional.

Do total de cheques depositados, o índice de inadimplência em março foi de 3,63% contra 2,65% em fevereiro. Segundo José Antonio Praxedes, vice-presidente da Telecheque, março deste ano foi considerado atípico já que o carnaval caiu na última semana de fevereiro. "Isso fez com que os cheques desta última semana fossem compensados apenas no início de março", afirma. Praxedes também lembra que parte da inadimplência de março ainda está relacionada com as compras pré-datadas do período de Natal.

Para abril, Praxedes acredita que o índice de inadimplência de cheques apresente queda e fique entre 2,9% a 3,2%. "Os três primeiros meses do ano são os de maiores riscos já que o consumidor tem gastos com período de férias, matrículas escolares dos filhos, além de pagamento de impostos como IPTU e IPVA. Em abril e maio, o índice fica mais estável, com a possibilidade de novo crescimento para junho, por conta de gastos que serão feitos com o Dia das Mães", afirma. Já o aumento da inadimplência do primeiro trimestre de 2004 ante o mesmo período do ano anterior demonstra, de acordo com o vice-presidente da Telecheque, a tendência do crescimento do risco para 2004 que pode ser influenciado por fatores como desemprego e queda de renda do trabalhador.

Os indicadores da Telecheque também demonstram que apesar do aumento da inadimplência, há um crescimento no índice de recuperação de cheques devolvidos. O índice em março apresentou crescimento de 36,7% em relação ao mês anterior. O levantamento ainda revelou que o índice de cheques fraudados e roubados representou, do total do volume em reais de cheques devolvidos, 19,9% em março contra 20,9% em fevereiro. Do total de cheques emitidos no comércio varejista nacional – a pesquisa abrange 56 setores – os cheques à vista representaram 31,7% (queda de 3,3% ante fevereiro) e os pré-datados, 68,3% (aumento de 1,6% em relação a fevereiro).




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