"Os territórios palestinos estarão totalmente fechados a partir desta quarta-feira, ao meio-dia (7h de Brasília) até a próxima sexta-feira, às 2h (21h de Brasília), salvo para casos humanitários", afirmou um porta-voz militar. Os acessos aos territórios pela Jordânia e Egito também serão fechados.

O porta-voz militar também advertiu aos cidadãos israelenses que não entrem nos setores palestinos autônomos.

Nas primeiras horas da tarde, Israel também se isolará do mundo exterior durante algo mais de 24 horas, pois aeroportos e portos estarão fechados.

A polícia e os guardas de fronteira mobilizaram milhares de efetivos, em maior grau na região de Jerusalém, para impedir atentados, enquanto que os palestinos devem comemorar esta sexta-feira um ano do início da nova Intifada.

Vigilantes armados da "guarda civil", contingentes de voluntários que agem sob supervisão policial, deverão pela primeira vez custodiar as sinagogas, que recebem muitos judeus nesse dia especial.

Durante o período ficará fechado o posto fronteiriço de Rafah, que liga a Faixa de Gaza ao Egito, e a ponte Allenby, que une a Jordânia com a Cisjordânia.

O último vôo autorizado no aeroporto de Ben Gurion, perto de Tel Aviv, é o das 12h45 GMT (09h4 de Brasília). As primeiras aterrissagens e decolagens desta quinta-feira se darão às 18h30 GMT e 19h00 GMT, informou Pini Schiff, porta-voz da Autoridade do aeroporto.

As estradas também estarão desertas, pois se não houver proibição legal de circular, os motoristas se expõem à agressão dos religiosos, que atirarão pedras. As únicas exceções toleradas são os veículos policiais e as ambulâncias.

Os centros comerciais e as estações ferroviárias foram alvo de grande mobilização policial, como também foram os arredores da Esplanada na qual se encontra o Muro das Lamentações, em Jerusalém Leste, onde são esperados milhares de fiéis. O último vestígio do Templo de Salomão é o lugar mais sagrado do judaísmo.

Os cemitérios militares também estão fortemente custodiados, pois muitos israelenses vão lá orar por seus familiares mortos na guerra israelense-árabe de do Kipur, em 1973.

No dia de hoje, os judeus observam um jejum de 24 horas e se dedicam à oração e a Deus, que pode ou não perdoar os pecadores. Também devem pedir perdão a quem ofenderam no correr do ano.