O grupo Parlapatoes, Patifes e Paspalhoes é a atraçao deste domingo do I Circuito Teatral do Grande ABC, que até 1º de agosto apresenta trabalhos regionais e peças de grupos profissionais de Sao Paulo. Neste domingo, os atores Alexandre Roit e Hugo Possolo, fundadores do Parlapatoes, mostram o espetáculo de rua Nada de novo, às 16h30, em Mauá. A peça acontece no estacionamento do Teatro Vinicius de Moraes, com entrada gratuita.

O Parlapatoes é um dos principais responsáveis pelo resgate do teatro de rua em Sao Paulo. O grupo surgiu há oito anos, com a proposta de um trabalho mais livre, distanciado das convençoes do teatro tradicional. Atualmente, eles possuem dez produçoes no repertório. Um dos sucessos mais recentes do grupo é a peça PPP@Wllm.SHkspr.br, já encenada na regiao, que brinca com textos de Shakespeare.

Nada de novo, segundo Roit, foi escolhido para integrar o Circuito Teatral por conter as principais características do trabalho do Parlapatoes, como o uso de técnicas circenses, malabarismos e muito humor. "Temos outros espetáculos de rua, mas sao voltados às crianças ou necessitam de muita produçao. Por isso, optamos por Nada de novo, que atinge todas as pessoas", explica. "Somos um grupo de repertório. Nossa preocupaçao é manter vivos nossos espetáculos e encená-los o máximo possível", completa.

O espetáculo estreou em 1992. Nele, Roit e Possolo interpretam diversos papéis em quadros cômicos diferentes, que homenageiam comediantes mundiais, como Groucho Marx e o grupo Monty Python.

Ao ar livre, os atores fazem surgir diante do público os mais variados personagens, com o apoio de inusitados objetos de cena, como banquinho, vassoura, bacia, penicos, perucas e óculos. "A mágica acontece na frente das pessoas. Elas sao cúmplices do nosso trabalho", diz Roit.

O ator também ressaltou a importância do Circuito Teatral para o desenvolvimento do teatro e de grupos na regiao: "O Grande ABC teve um movimento forte de grupos de teatro amador há uns seis anos, e isso está retornando agora. É muito bom. O circuito é uma iniciativa importante, mas deve ter continuidade, porque é uma maneira de formar o público teatral".