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SindSaúde pede conversa com governo sobre contratação de OS

Almir Mizito pontuou que entidade vê cenário de mudança em Sto.André ‘com preocupação’

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
25/09/2021 | 00:01
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DGABC


Presidente do SindSaúde ABC (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Privados de Saúde do Grande ABC), Almir Rogério Mizito solicitou diálogo com a Prefeitura de Santo André diante da reedição do processo licitatório visando a contratação de nova OS (Organização Social) da saúde que vai operar equipamentos de urgência e emergência na cidade.

“Falta diálogo, uma vez que em nenhum momento nos esclareceram pontos de dúvida em relação ao futuro contrato e como essa mudança pode impactar junto aos trabalhadores (do setor)”, pontuou o dirigente. “Nós vemos (o edital) com preocupação. Tem coisas que precisam ser elucidadas. (Atual prestadora do serviço) A FUABC possui dívida milionária com os colaboradores, passivo esse que só em Santo André, seguramente, ultrapassa a margem de R$ 50 milhões. Isso refere-se a descumprimento de convenções coletivas, leis trabalhistas, acordos entre sindicatos dos trabalhadores e patronal. Não vem sendo praticado (o acerto)”, alegou Mizito. “Com a (eventual) mudança de OS, haverá demissão? Pode ocorrer descontinuidade de serviços em caso dessas dispensas? Isso é um problema, não teve conversa com o sindicato”, emendou.

O processo, fatiado entre as atividades, se dará por chamamento público e envolve o gerenciamento de UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), podendo substituir a partir de 2022 a atuação da FUABC, que tem direito a participar da concorrência. O plano abrange o valor estimado de R$ 14 milhões mensais, o que deve impactar no montante aproximado a R$ 168,2 milhões a cada exercício. O período do acordo prevê, inicialmente, vigência de 12 meses, podendo ser prorrogado até o limite de cinco anos.

Mizito sustentou que o departamento jurídico do SindSaúde estuda medidas cabíveis para intervir no sentido de paralisar o processo, se não houver entendimento dos desdobramentos sobre o caso. “O sindicato, como praxe, busca tratar os problemas que envolvem a categoria. Toda essa situação nos leva a estudar formas de intervir judicialmente. A ideia é garantir direito dos trabalhadores. Podemos ter a segurança de que quem assuma o serviço vai garantir o cumprimento de todos os direitos? Essa preocupação, aliás, não deveria ser só do sindicato, mas da sociedade como um todo. Trabalhadores e sociedade não podem ter prejuízo com esse processo”, disse o dirigente. “A questão de fatiar os serviços deve ocasionar em ter duas, três empresas na mesma rede (de saúde), podendo registrar regime de contratação, salários diferentes.”

A Prefeitura andreense sustentou que as informações adicionais sobre o edital “serão fornecidas em momento oportuno devido ao prazo para a conclusão do processo”. A Fundação do ABC pontuou, por sua vez, que tem plena confiança de que o Paço “cumprirá com todas as suas obrigações junto à entidade e aos trabalhadores que prestam serviços nos equipamentos de saúde do município, independentemente do resultado do chamamento público em andamento”. 




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