O medo de fazer a escolha errada e a sensação de ser muito jovem para decidir qual profissão escolher é comum entre os adolescentes no período pré-vestibular. As chances de acertar aumentam de acordo com grau de maturidade e auto-conhecimento do estudante. E neste ponto que os testes vocacionais podem ter papel fundamental.

“Este tipo de teste ajuda na medida em que auxilia as pessoas a aumentarem o grau de auto conhecimento”, explica a psicóloga e supervisora de orientação do colégio Etapa, Luciana Kanaji. Formado normalmente por uma bateria de testes – que podem ser feitos em grupo ou individualmente – ele tem a função de fazer com que o estudante avalie suas prioridades, suas limitações e gostos.

“Decidir a profissão nesta fase da vida é complicado porque é nela em que o adolescente está construindo sua identidade. A escolha tem de ser bem pensada. uma reflexão interna”, ressalta a psicóloga.

Aluna do terceiro ano do ensino médio do colégio Singular de Santo André, Isadora Petinari, 17 anos, diz que a escolha foi difícil. “Vou fazer engenharia ambiental. Mas não foi fácil escolher. Ainda me sinto imatura para esta responsabilidade”.

Para auxiliar os alunos na escolha, o Singular criou o projeto Construindo Carreiras. Nele, além de atividades de auto-conhecimento, os vestibulandos tem a oportunidade de conhecer melhor as carreiras durante bate-papos com profissionais. “O que fazemos é orientar o aluno para que ele reconheça e confronte suas habilidades e tenha idéia do que quer no futuro”, explica a orientadora educacional e psicóloga do colégio, Rosana Alboredo Magalhães.

Com 16 anos, a estudante Camila Pal diz já estar certa que quer ser fisioterapeuta. “Eu sempre quis biológicas e optei por fisioterapia. Acho que não vou me arrepender”, conta. Este é o medo de Ricardo Madureira, 17 anos. “Não sei ainda, mas é relacionado com a área de biológicas. Preciso pensar com mais calma.”