D+ Titulo Nos muros
Grafite é arte urbana
Por Marcela Munhoz
Do Diário do Grande ABC
13/11/2011 | 07:00
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"Grafitti é estilo de vida", defende Binho Ribeiro, artista de responsa e curador do 10º Graffiti Fine Art, que rola no MuBe (Avenida Europa, 218, tel.:2594-2601), em Sampa, até dia 20, de terça a domingo das 9h às 19h. A entrada é gratuita. Como acontece em todas as edições, foi convidada uma galera do Brasil e de outros lugares do mundo para mostrar o talento e trocar experiências. Desta vez, França e Bélgica estão representadas. Além de oferecer oficinas, o objetivo do evento é a produção de murais e exposições para promover a arte urbana. "É a chance de mostrar o alto nível do graffiti e toda conexão que existe nessa cultura mundial."

Mais do que ganhar lugar de destaque em mostras nacionais e internacionais, o elemento do hip hop pode ser visto em muros, viadutos e em outros espaços públicos e particulares das cidades. O grafite ou graffiti (em italiano) é tão antigo que já encontraram inscrições feitas nas paredes do Império Romano. É a arte de mostrar sentimentos e passar recados em espaços não convencionais. Ganhou tantos adeptos e respeito que existe data para celebrar: em 27 de março é comemorado o Dia Nacional do Grafitti, criado para homenagear Alex Vallauri, pioneiro da arte do Brasil, morto em 27 de março de 1987.

Cada grafiteiro tem suas características únicas, que os identificam facilmente. "Misturo toda a minha história e personagens que fazem parte dela. Atualmente tenho usado animais com muito movimento e cores que representam minhas influências orientais e brasileiras", explica Binho, que é um dos pioneiros na arte do grafite no Brasil e América Latina e dá dicas para quem está começando: "preciso muito estudo, determinação e humildade."

 

Grafite e pichação - A utilização de qualquer espaço público sem autorização - para desenhar ou escrever frases - pode dar cadeia de três meses a 1 ano. Pela lei, a grafitagem não será considerada crime se for "realizada com o objetivo de valorizar o patrimônio público e privado mediante manifestação artística, com consentimento de seus proprietários".

Para os artistas urbanos, o grafite engloba também a pichação. "É uma cultura à parte", diz Binho Ribeiro, que acredita que preconceito existe com todo tipo de arte. "Até que seja reconhecido mesmo o cantor ou o ator sofre preconceito também."

Os consagrados gêmeos Otávio e Gustavo Pandolfo, acreditam que grafite e pichação são movimentos paralelos. "Cada um tem sua grife e tribo, mas os dois são transgressores", diz Gustavo. Para Otávio, o que difere é só mesmo o estilo, o traço e a caligrafia.




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