Palavra do Leitor Titulo
Parapan e para você

Primeira vez no México

Dgabc
27/11/2011 | 00:00
Compartilhar notícia


Primeira vez no México. São 9.000 quilômetros a serem enfrentados numa desconfortável poltrona. Eu penso assim. E assim devem pensar todos no voo. Mas seguimos, rumo ao Parapan de Guadalajara. A viagem inclui conexão no aeroporto da Cidade do México com seus elevadores, esteiras, escadas rolantes, corredores e trem. Lamentamos e pensamos: se é difícil para nós, como será para nossos para-atletas, cuja mobilidade é comprometida? Chegamos exaustos, depois de longas 15 horas. Mais uma vez lembramos da dificuldade dos atletas. E eles, o que fazem enquanto reclamamos de dores no corpo? Treinam e ganham medalhas. Ouro. Prata. Bronze. Há muito tempo deixaram de lamentar por terem nascido cegos, incompletos ou por terem enfrentado algum acidente que deixou sequelas. 

Enquanto chegávamos ao hotel e vislumbrávamos uma cama confortável, eles corriam. Mais do que os quilômetros que imaginei ter andado dentro do aeroporto do DF mexicano. Com atletas-guias, cadeiras de rodas ou muletas, eles não querem nem precisam de olhares de piedade. Querem subir ao pódio. E fizeram isso muito bem nos Jogos Parapan-Americanos. Ao todo, foram 81 medalhas de ouro, todas legítimas e frutos de muito comprometimento e respeito. Fiquei impressionada com o senso de direção dos meninos do futebol de cinco. Todos cegos e que sabem conduzir perfeitamente a bola, apenas com o som do sino que há nela e de seus sexto e sétimo sentidos. "E ainda fazem gol", como alguém comentou na arquibancada. É assim que tem de ser. Quando nos falta algo, ou parece faltar, a gente se adapta e vai embora. Para nós, fica a emoção de ver a Bandeira Brasileira no ponto mais alto 81 vezes. Como dizem os jornais mexicanos: somos a grande potência nesse esporte. Mas, infelizmente, enquanto a imprensa estrangeira afirma isso, aqui temos breves notas sobre o evento. Talvez porque seja bonito mostrar pessoas com deficiência física e mental conquistando títulos. Meus caros, eles não querem compaixão. Se você estiver lá para curtir os bons lances, ótimo. Caso contrário, eles vão ganhar mesmo assim. 

Fica a dica: da próxima vez que sentirem dor nas costas por conta de uma viagem ou acharem o caminho sinuoso, não pensem nos para-atletas, mas no que precisamos superar para conquistar nossas próprias medalhas, mesmo sendo tão ‘perfeitos'. Aparentemente.


Kátia Okumura Oliveira é coordenadora de Comunicação da Central Nacional Unimed.




Palavra do Leitor



Álcool e direção

Não tem jeito, a lei de trânsito deve ser modificada de maneira radical para que os irresponsáveis sejam devidamente punidos. Não tem como deixar de se indignar com os inúmeros casos envolvendo motoristas alcoolizados ou irresponsáveis. O mais triste, além de assistir a tudo isso inerte, é saber que nossos representantes não usam o poder que possuem para mudar a legislação, tão branda, e a dor da vítima, deixando que o Supremo Tribunal Federal legisle por eles. Que os nossos 594 congressistas apáticos e preguiçosos acordem! O povo brasileiro já mostrou ter força para tirar de cena políticos que só pensam em tirar vantagens do cargo que exercem para si, companheiros e familiares. Não precisamos esperar por ações dos nossos legisladores congressistas. Como sabemos: a imunidade é o sentimento que comanda todo tipo de desmando!

Turíbio Liberatto Gasparetto

São Caetano



Será que sobra?

A continuar este festival horripilante de ‘malfeitos' de ministros, será mais fácil dizer, daqui em diante, quem fica ao invés de quem sai.

Luiz Nusbaum

Capital



Integração

O governo do Estado, através da EMTU, sinaliza interromper a integração de viagens com a mesma tarifa nos trólebus. A ausência de política de transporte do governo tucano produz esse retrocesso na mobilidade e acessibilidade, gerando prejuízos à população usuária do transporte. Ameaçam impor CF51pedágio/CF ao embarcar no sistema EMTU. Fica demonstrado que o PSDB, por onde passa em governos, impõe sérios riscos à massa trabalhadora e, além de não produzir políticas públicas, destrói as existentes. Usuários aguardam manifestações em sua defesa por parte da classe política da região com objetivo de reverter esse quadro danoso para os trabalhadores. Que defendam o transporte público integrado no embarque e desembarque nos terminais de transferência.

Gércio Vidal

São Bernardo



Psicotrópicos

É o mais completo descaso e falta de respeito o que a Secretaria de Saúde de Diadema está fazendo com os doentes que precisam de medicamentos controlados. Não importa se o fornecedor não quer vender, a Prefeitura tem responsabilidade pelo fornecimento regular desses remédios imprescindíveis a essas pessoas. Onde está a boa relação com o governo federal para conseguir emergencialmente o fornecimento desses medicamentos com o Ministério da Saúde? Com saúde não se brinca.

Roberto Saraiva Romera

São Bernardo



Inversão

Ao saber da lei que proíbe carona na moto, lei esta que após sanção do governo entrará em vigor, fiquei a me perguntar quem está no páreo, o cidadão ou o ladrão? A impressão que dá é que o ladrão é quem está ganhando, pois o cidadão honesto, pagador de impostos, está com grades de sua casa cada dia mais altas. O cidadão não poderá mais ter carona, sendo assim, o transporte público travará mais um pouco. Em contrapartida, vemos os ladrões e traficantes na vida boa. Quando dão azar de ser presos andam de avião, às vezes até de jatinho. Será que não seria melhor um plebiscito. Com certeza os cidadãos honestos terão a solução. 

Rosângela Caris

Mauá




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;