Rubens Barrichello recebeu nas últimas voltas a ordem de entregar a vitória no GP da Áustria a Michael Schumacher. Ele tentou argumentar com a direção da Ferrari, mas não adiantou. "Eu tentei conversar, dizendo que seria um gesto que causaria muita polêmica. E eles falaram que era uma decisão do time e ponto final. Nem discuti mais. Eu me sinto acima disso tudo", disse o piloto brasileiro.

Rubinho resolveu não brigar especialmente porque acabou de renovar com a escuderia por dois anos. "Eu acho que ia fazer mais mal do que bem (desobeder a ordem). Acabei de assinar um contrato. O ambiente ia ficar muito pesado. Entre eu e Michael, não. Mas na equipe, sim", afirrmou.

Ele revelou ainda que já passou por situação parecida no passado, mas resolveu não ser privilegiado. "Na Stewart, eu classifiquei atrás do Magnussen e o Jackie Stewart ofereceu o motor melhor para mim na corrida mesmo assim. Não aceitei, porque não era o combinado", revelou. "Mas não estou revoltado. Modéstia à parte, hoje acho que fiz uma das melhores corridas da minha vida. O próprio Michael veio perguntar o que eu estava fazendo que ele não conseguia me acompanhar. Quando eu vou poder vencer uma corrida? Do fundo do coração, não desejo que ele quebre para que eu ganhe. Acho que vou ganhar uma hora ou outra, ponto final".