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Neosaldina também deverá ser vendida só com receita médica
Por Renata Gonçalez
Do Diário do Grande ABC
18/12/2004 | 14:11
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O analgésico Neosaldina, fabricado pelo laboratório Abott, é o próximo medicamento à base de dipirona cuja venda só poderá ser feita com apresentação de receita médica. A afirmação é do procurador da República Luiz Francisco de Souza, um dos autores da ação civil movida pelo Ministério Público contra a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na última quarta-feira, que determinou o fim da livre comercialização de três remédios feitos com dipirona, entre os quais Novalgina, Relax e Vitalgina (todos produzidos pelo laboratório Hoechst do Brasil). Em um mês, esses remédios só poderão ser vendidos mediante receita médica.

A ação tem por base estudos que indicam que o uso indisciplinado da dipirona pode causar vômitos, hemorragia gastrointestinal, asma, tremores e até anemia. "A Neosaldina vem logo depois dos três produzidos pela Hoechst na lista de medicamentos com dipirona mais consumidos no Brasil. Por isso, ele deve ser o próximo", disse o procurador Luiz Francisco de Souza.

Segundo ele, na seqüência serão encaminhadas ações para restringir a venda de medicamentos de cada laboratório, até atingir a marca dos 244 produtos existentes hoje no Brasil à base de dipirona. "A idéia é que o uso da substância por aqui seja como na Alemanha, ou seja, somente injetável e com prescrição médica."

O pedido da liminar que determina a restrição da venda dos medicamentos com dipirona, encaminhado à 20ª Vara Federal de Brasília na quarta-feira, era contra o laboratório Hoescht. Mas o juiz Alexandre Vidigal de Oliveira decidiu responsabilizar a Anvisa, por ser a agência responsável pela classificação da dipirona sódica como um item de livre comercialização.

O procurador da República informou também que a ação que restringirá a venda do analgésico Neosaldina só será apresentada à Justiça em meados de janeiro ou fevereiro do ano que vem, devido ao recesso do Ministério Público.

Até esta sexta, a Anvisa mantinha a posicionamento divulgado na quinta, quando informou que estudava se recorreria ou não contra a medida judicial. Caso contrário, a liminar será cumprida até 14 de janeiro.




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