Política Titulo Santo André
PSDB se alia a PT e elege Pedrinho na presidência

Base de Paulo Serra na Câmara de Sto.André abriu três das cinco vagas na mesa para petistas

Por Fábio Martins
Do dgabc.com.br
05/12/2018 | 07:00
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O PSDB se aliou ao PT ontem, na disputa interna do Legislativo, para eleger o líder do governo Paulo Serra (PSDB) na Casa, Pedrinho Botaro (PSDB), como presidente da Câmara de Santo André ao biênio 2019-2020. O tucano obteve 18 dos 20 votos possíveis na concorrência. Para efetivar a estratégia e emplacar um aliado de confiança, a base governista abriu, dentro das negociações, três das cinco vagas na mesa diretora para a bancada petista, a maior da legislatura.

Com mudanças às vésperas do processo, a composição foi formada com Bete Siraque (PT, vice-presidente), Alemão Duarte (PT, primeiro secretário), Ronaldo de Castro (PRB, segundo secretário) e Luiz Alberto (PT, terceiro secretário). O nome de Pedrinho sofria resistência de algumas alas, o que foi contornado diante dos espaços cedidos para o petismo. Integrantes do governo cogitaram lançar outros quadros no páreo, como Edson Sardano (PTB) ou mesmo Zezão Mendes (PDT). Parte da bancada do PT esteve no primeiro andar do Paço, na segunda-feira, para tratar do acordo.

A maioria dos vereadores seguiu a cartilha do Paço, acompanhando a votação em lista fechada, com poucas exceções a essa regra, inclusive Roberto Rautenberg (PRB), que retornou aos trabalhos na última sessão antes do recesso parlamentar depois de 16 meses afastado do mandato por “motivos particulares”. Foram 20 vereadores votantes no total, tendo em vista que Elian Santana (SD) continua presa na sede da PF (Polícia Federal), na Lapa. Apenas Willians Bezerra (PT) e Sargento Lobo (SD) não votaram no tucano para a direção da Casa.

Willians falou que se sentia envergonhado com a situação e votou apenas nos nomes do PT para integrar a mesa. Lobo, por sua vez, após críticas ao governo e bate-boca com o atual presidente Almir Cicote (Avante), se absteve de votar na disputa. “Não vou entrar na marmelada que foi essa votação”, alegou. Já a bancada do PPS, com Fábio Lopes e Rodolfo Donetti, votou em Pedrinho, mas excluiu de sua lista os quadros do PT. “(No segundo turno da eleição presidencial) 55% da população disseram ‘não’ ao PT. Eu seria incoerente colocar três cargos para o PT. Votei pela coerência”, pontuou Fábio.

Correligionário de Pedrinho, Professor Minhoca também evitou cravar votos nos petistas da lista, criando mal-estar com os colegas. “Na cidade, a estrela está ficando azul e o tucano está ficando vermelho”, pontuou Minhoca, no microfone, antes de declarar voto. Bete Siraque defendeu que o nome do PT era o de Luiz Alberto, mas que não houve fôlego. “Percebemos que não havia votos suficientes. Nos reorganizamos para que o PT pudesse fazer parte da mesa, afinal de contas, é plural. A participação na mesa não tem nada a ver do ponto de vista ideológico”, disse a petista.

Vereador de primeiro mandato, Pedrinho sustentou que a composição se deu de forma natural, diante da relação construída neste período como líder do governo. Negou desgaste em relação à composição com o PT. “É questão meramente técnica. Não estamos falando na direção da cidade ou disputa por ideologia, e sim da administração da Casa.”




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