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Deputado mira PSL em pleitos na região
Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
03/11/2018 | 06:42
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Nario Barbosa/DGABC


Eleito deputado federal no pleito deste ano e coordenador regional do PSL, Junior Bozzella afirmou que a legenda vislumbra ter concorrentes próprios na disputa por prefeituras do Grande ABC em 2020.

Antes nanica, a sigla ganhou status de potência com a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) na corrida presidencial e com números expressivos de lideranças do partido nos pleitos proporcionais – elegeu, por exemplo, 52 deputados federais, a segunda maior bancada nacional.

“O partido, a partir de agora, tem a obrigação de participar de eleições em todos os municípios que for possível. Não só buscando vereança, mas visando o Executivo também”, afirmou o deputado federal, em visita ao Diário nesta semana.

Apesar do desejo de Bozzella, a legenda precisará se estruturar no Grande ABC. O único nome na região é o de Coronel Nishikawa (PSL), de São Bernardo, eleito deputado estadual com 23.094 votos. Por outro lado, o eleitor das sete cidades pareceu se afeiçoar com a política do PSL, tanto que Janaina Paschoal e Eduardo Bolsonaro, eleitos deputados estadual e federal, respectivamente, obtiveram votações expressivas no Grande ABC (145,8 mil para Janaina, 111,5 mil para Eduardo).

“O PSL se tornou a legenda da moda. Todos querem fazer parte do partido. Meu telefone não para de tocar com pedidos de filiação”, disse Bozzella. “O momento é de escolhas. Temos que ser seletivos na questão de filiação. Temos que escolher pessoas que estejam alinhadas com nossa ideologia”, emendou o parlamentar eleito.

No Grande ABC, o vereador de São Bernardo Julinho Fuzari (PPS) já externou vontade de se filiar à legenda e fez diversos elogios a Jair Bolsonaro. Também em São Bernardo, o parlamentar Rafael Demarchi (PRB) vem mantendo conversas com dirigentes da sigla. Em Santo André, comenta-se que o vereador Sargento Lobo (SD) nutre desejo de mudança partidária. Outros nomes da região também já articulam mudança para a agremiação do presidente eleito.

Para Bozzella, Bolsonaro reúne todas as condições para se tornar um grande presidente. Na visão dele, a escolha dos nomes para os ministérios já demonstra o interesse de Bolsonaro em dar uma guinada no País. “Percebi que o presidente eleito tem escolhido nomes baseado na meritocracia. Esse é um caminho para evitar aquele ‘toma lá da cá’ que existe na política brasileira.”

Bolsonaro anunciou a diminuição no número de ministérios de 29 para 17. Na quinta-feira, o juiz Sérgio Moro aceitou convite do capitão para comandar a Pasta da Justiça, que também acolherá o Ministério da Segurança.

Bozzella também fez comentários sobre a vitória de João Doria (PSDB) ao governo de São Paulo, superando o atual governador, Márcio França (PSB), em duro embate no segundo turno. Doria e França disputaram apoio político do PSL e especificamente de Jair Bolsonaro. Enquanto Doria criou a aliança “Bolsodoria”, França ganhou apoio aberto do senador eleito do PSL Major Olímpio.

“Eu me mantive neutro durante toda a disputa ao governo do Estado. Segui as diretrizes de Bolsonaro e foquei na campanha para presidente. Doria e França travaram grandes conflitos em debates televisivos. Doria levou a melhor por taxar França de esquerdista”, ponderou o deputado federal. “Acredito que Doria fará um bom governo, já que tem perfil mais liberal.” 




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