Setecidades Titulo NÃO PERCA A HORA
Horário de verão tem início hoje à meia-noite, em 11 Estados do País

Mudança pode gerar problemas com o sono; adaptação leva até dez dias

Por Bianca Barbosa
especial para o Diário
03/11/2018 | 07:00
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Horário de verão é um daqueles assuntos que podem gerar amor ou ódio entre a população. O fato é que tanto os indivíduos animados com o período maior do dia com claridade quanto aqueles que têm dificuldades para dormir com a mudança devem adiantar o relógio em uma hora à meia-noite de hoje. O período, que vai durar até 15 de fevereiro, atingirá 11 Estados brasileiros.

Os Estados afetados são: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Espírito Santo e o Distrito Federal. As regiões Norte e Nordeste não adotam o horário de verão, porque a hora adiantada é mais eficaz nas regiões mais distantes da Linha do Equador, onde há diferença na luminosidade do dia entre o verão e o inverno.

O objetivo do governo federal é estimular as pessoas a aproveitarem a iluminação natural e evitar que equipamentos eletrônicos sejam ligados para reduzir o consumo e a demanda energética entre 18h e 21h.

No entanto, o simples fato de adiantar o relógio em uma hora pode causar consequências para o corpo. Esse é o caso da dona de casa Janaína Pereira, 65 anos, que mora no Demarchi, em São Bernardo. “É um martírio”, definiu. Ela, que segue rotina bem definida e toma remédios para dormir por conta da insônia, tem dificuldade para se adaptar à mudança de horário. “Agora, que o meu cérebro acostumou com o tratamento e está respondendo bem ao sono, vem esse negócio para atrapalhar minha vida”, reclamou.

O médico do sono Franco Martins, 33, explicou que, de fato, pessoas que têm insônia sofrem mais com o horário de verão. “Quando a gente adianta o relógio da parede, não adianta ao mesmo tempo o nosso relógio biológico, portanto a gente perde uma hora de sono”, explicou.

Já o auxiliar administrativo Luís da Silva Borges, 36, morador do Parque das Nações, em Santo André, não se importa de acordar uma hora mais cedo. “Me acostumo rápido e aproveito o tempo com o céu claro para fazer exercícios no parque, passear com as crianças. Acho que é uma hora que eu ganho”, considerou.

O especialista dá algumas dicas, como evitar cafeína perto do horário de deitar, reduzir o uso de celular e tablets duas horas antes de dormir, além do consumo de alimentos pesados e calóricos. Martins lembrou ainda que a adaptação dura em torno de sete a dez dias. 




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