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Assaltos em série assustam moradores do Jd.Santo André

Pelo menos dez casas da Rua Cistercense foram invadidas por bandidos neste ano

Por Juliana Stern
Especial para o Diário
19/09/2018 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Morar na Rua Cistercense, no bairro Jardim Santo André, em Santo André, requer estar alerta o tempo todo. Há pelo menos um ano, praticamente todas as casas da rua foram invadidas e assaltadas, segundo moradores. Na maioria das vezes, os criminosos levam televisores enquanto os moradores estão fora de casa.

Desde o começo do ano, pelo menos dez casas foram violadas na rua. “Praticamente um assalto por mês. É difícil dizer quantas foram assaltadas. Mais fácil falar as que não foram”, afirma a balconista Ivete Toth Martinez, 58 anos, que teve suas joias furtadas durante uma invasão há pouco mais de um mês. Um criminoso acessou a casa pelo telhado e entrou pela janela do segundo andar enquanto Ivete assistia à televisão no térreo. “Ouvi um barulho, achei que fosse a vizinha chegando da rua, mas o ruído continuou. Eu fui devagarinho para o portão, ouvi de novo e gritei por socorro. O cara saiu correndo pela janela e fugiu. Levou as correntinhas de ouro que minha sogra havia me dado”, contou.

A irmã de Ivete, a dona de casa Ana Maria Toth, 64, teve prejuízo maior. Três televisores foram levados enquanto ela estava no mercado. O assalto foi realizado em menos de 30 minutos. “Foi coisa de meia hora. Tinha trancado tudo, mas cheguei e vi a porta da frente aberta e a maçaneta arrombada. Quando entrei em casa notei a falta das TVs”.

A rotina dos vizinhos da Cistercense, antes tranquila e familiar, agora é marcada com desconfiança. “Eu costumava deixar o portão aberto, os vizinhos entravam a qualquer hora e nunca tive problema. Agora tem de trancar tudo, não deixo mais meus netos sozinhos em casa, nem eles brincarem no quintal por medo.”

Outra moradora, a dona de casa Brenda Cardoso Viana, 26, conta que reforçou a porta e janelas dá sua casa e sempre da uma volta no quarteirão antes de entrar com o carro na garagem. “Virou um transtorno. Às vezes não saímos ou demoramos para entrar por ter pessoas estranhas na rua.”

A Secretaria da Segurança Pública afirmou que nos últimos seis meses apenas uma ocorrência de roubo a residência foi registrada, em agosto. E que a Polícia Militar está implantando o programa Vizinhança Solidária no bairro.




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