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Mauá recua e promete rever recesso

Secretaria da Educação irá analisar até terça-feira possibilidade de anular resolução que diminui de 15 para cinco dias período de férias de servidores

Daniel Macário
23/06/2018 | 07:00
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A Prefeitura de Mauá promete reavaliar a decisão de reduzir de 15 para cinco dias o período de recesso escolar de ADIs (Auxiliares de Desenvolvimento Infantil) que prestam serviços em creches municipais. Após protesto da categoria, na quinta-feira, a administração municipal garantiu à comissão de servidores públicos que apresentará novo parecer sobre o tema até terça-feira.

Segundo a União dos Servidores Públicos de Mauá, representantes da Secretaria da Educação devem realizar mapeamento da quantidade de instituições da Educação Infantil que ficarão abertas durante as férias de julho para, assim, avaliar se é possível estender o recesso escolar dos trabalhadores. “Estamos confiantes de que esse levantamento será favorável a nós”, afirma Renato Abreu, presidente da categoria.

Anunciada na quarta-feira por meio de resolução assinada pela secretária de Educação Denise Debartolo (sobrinha da prefeita em exercício, Alaíde Damo), a redução do recesso escolar, segundo servidores, pegou funcionários da Prefeitura de surpresa.

Na resolução, a Prefeitura mauaense determina que o recesso escolar aconteça em regime de revezamento entre os dias 4 e 7 de julho e, num segundo momento, entre os dias 12 e 18 do mesmo mês. Ao todo, 430 funcionários serão afetados pela medida. Outras 158 merendeiras e 49 auxiliares de educação inclusiva também poderão sofrer com as mudanças. De acordo com a categoria, a medida, no entanto, feriu acordo firmado anteriormente com o ex-secretário de Educação, Fernando Coppola, o Xuxa (MDB), exonerado do cargo no mês passado. A mudança foi entendida pelos profissionais como uma disputa política, tendo em vista que a mesma foi tomada após a prisão do prefeito afastado Atila Jacomussi (PSB), solto no dia 15.

NOVO PROTESTO

Embora estejam confiantes com uma decisão favorável à categoria, servidores já articulam possível protesto na próxima sessão da Câmara de Mauá, na terça-feira. “Se tivermos uma resposta negativa, servidores irão na tribuna pedir apoio dos vereadores para a nossa luta. Não podemos deixar que uma questão política afete funcionários de carreira do município”, afirma Abreu.

Procurada, a Prefeitura de Mauá não se pronunciou sobre o tema até o fechamento desta edição.




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