Os invasores montaram também um esquema para receber comida. Pelo menos um Verona e um Versalles teriam sido usados para trazer os alimentos, segundo guardas civis de prontidão na barreira. Entre os sem-teto, ninguém fala sobre como a comida chega até eles. Pela barreira antes da entrada para o primeiro dos terrenos na avenida Pirâmide, os carros com materiais de construção são impedidos de passar.
No local, segunda-feira, o clima era calmo. Segundo guardas e policiais, não houve nenhum conflito. A situação deve se resolver até quarta-feira, quando os proprietários dos terrenos invadidos já deverão ter obtido na Justiça o mandado de reintegração de posse dos terrenos. Apesar da falta de tumultos e tensão, a Polícia Militar afirmou que manterá a barreira montada até a desocupação das áreas tomadas pelo MSTD. A Guarda Civil disse também que, apesar de não ter como mensurar, houve aumento do número de invasores nos terrenos.
Fogo – No início da noite de domingo, um terreno da Prefeitura situado nos fundos de uma fábrica vizinha de uma das áreas invadidas pegou fogo. O fogo ficou alto e exigiu a intervenção de viaturas do Corpo de Bombeiros, que debelou o incêndio. Até o início da tarde de segunda-feira, grossos rolos de fumaça ainda subiam do terreno.
No local, funcionava uma espécie de bota-fora. De acordo com informações de um vigia da empresa, domingo mesmo havia no local sofás, camas, pneus e muita madeira. O material poderia ser utilizado pelos invasores, que, até o momento, apenas limitaram os lotes e fincaram estacas para sustentar precárias barracas cobertas por lona.
Entre os ocupantes, há três versões para a origem do fogo. Um grupo afirma ter sido causado pela própria Prefeitura; outros, apontam funcionários da empresa como os responsáveis; um terceiro grupo responsabiliza a polícia. Para a Guarda Civil, porém, o fogo pode ter sido causado pelos próprios integrantes do MSTD. A perícia só analisará verdadeira origem quando os invasores forem retirados da área.
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