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São Caetano festeja 127 anos com liderança em riqueza
Daniel Lima
Do Diário do Grande ABC
28/07/2004 | 00:20
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  No dia em que festeja 127 anos de fundação, São Caetano ganha presente especial do Ieme (Instituto de Estudos Metropolitanos): é o município paulista que consegue combinar maior índice de geração e retenção de riqueza. O título de campeã do IDEE (Índice de Desenvolvimento Econômico Equilibrado) do Ieme é reafirmado por São Caetano, já que no ano passado, quando o indicador foi lançado, o município do Grande ABC também ficou em primeiro lugar.

A diferença é que agora o IDEE envolve as 75 principais cidades paulistas, responsáveis por 70% da riqueza, enquanto no ano passado o ranking envolvia os 55 mais poderosos endereços do Estado mais rico da Federação.

Criado por jornalistas, empreendedores, executivos públicos, engenheiros, advogados, tributaristas e profissionais de outras atividades no Grande ABC, o Instituto de Estudos Metropolitanos é um laboratório de pesquisas e análises sem vínculos com qualquer entidade privada, pública ou social e vai se tornando importante braço de indicadores.

O Índice de Desenvolvimento Econômico Equilibrado é um dos quatro macroindicadores que compõem os dados do Ieme – os outros são o IC (Índice de Criminalidade), o IEM (Índice de Eficiência Municipal) e o IDS (Índice de Desenvolvimento Social). Os quatro indicadores cruzam 15 variáveis que formam o IGC (Índice Geral de Competitividade), liderado em dezembro do ano passado por São Caetano.

Para chegar a algo que pode ser resumido como campeã de riqueza no Estado de São Paulo, como sugere o Índice de Desenvolvimento Econômico Equilibrado, São Caetano chegou em primeiro lugar na disputa com 75 municípios em três das cinco bases pesquisadas: IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores), Inclusão Digital e IPC (Índice de Potencial de Consumo), uma especialidade da Target Marketing e Pesquisas, parceira do Ieme em vários estudos.

Nos outros dois indicadores que formam o IDEE, São Caetano classificou-se em sexto lugar no Valor Adicionado (produção industrial) e em segundo lugar no ISS (Imposto Sobre Serviços).

O Índice de Desenvolvimento Econômico Equilibrado do Ieme está apoiado em metodologia que leva em conta resultados por habitante. Exatamente por isso prevalece o conceito de geração e retenção de riqueza. Segundo os pesquisadores, não fosse essa opção, provavelmente a capital do Estado, que reúne 10,6 milhões de habitantes, distorceria os resultados por causa da força dos números absolutos que ostenta. A relativização dos dados possibilita, segundo o Ieme, a correta interpretação do ambiente econômico de cada município pesquisado.

Numa escala de zero a 100 pontos, São Caetano lidera o Índice de Desenvolvimento Econômico Equilibrado com 73,01071. Em segundo lugar está Paulínia, na Região Metropolitana de Campinas, com 66,44288. Seguem, até o 10º lugar: Santos, Santana do Parnaíba, Vinhedo, Campinas, São Paulo, Jundiaí, São Bernardo e Valinhos.

Dois dos sete municípios do Grande ABC – Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra – não constam do IDEE do Instituto de Estudos Metropolitanos. Santo André ocupa a 12ª posição, Diadema a 67ª e Mauá a 68ª entre as 75 cidades pesquisadas.

Entre os dez primeiros colocados do IDEE estão apenas quatro municípios da Grande São Paulo (São Caetano, Santana do Parnaíba, São Paulo e São Bernardo), região que reúne 39 municípios e que perdeu a hegemonia industrial para o restante do Estado a partir da abertura econômica no início dos anos 90, mas, principalmente, depois da implementação do Plano Real.

Entre os dez últimos colocados no ranking do IDEE estão oito municípios da Grande São Paulo – pela ordem decrescente, Itaquaquecetuba, Itapevi, Embu, Itapecerica da Serra, Carapicuíba, Suzano, Mauá e Diadema. Os outros dois municípios entre os lanterninhas são Hortolândia e Sumaré, na região de Campinas.

Para Marcos Pazzini, diretor da Target Marketing e Pesquisas, a atualização do Índice de Desenvolvimento Econômico Equilibrado com o acréscimo de 20 municípios em relação aos resultados do ano passado significa um retrato bem mais acabado do que investidores de distintas atividades econômicas podem levar em conta para decisões estratégicas.

“Esse indicador é importante para todos aqueles que estão preocupados em investir e querem saber exatamente a temperatura econômica de cada um dos principais municípios paulistas, levando-se em conta o equilíbrio entre cinco quesitos importantíssimos e sua relação com a geração e a retenção de riqueza média por habitante”, diz Pazzini. “Basta uma olhada para os posicionamentos das cidades no ranking para que se obtenha, pelo menos, a certeza de que os dados asseguram mecanismos de controle contra riscos. Não se trata, entretanto, de um definidor automático de investimentos: é necessária a avaliação conjunta com outras informações, inclusive do banco de dados interno do investidor. Mas são informações que precisam ser consideradas, pois contêm todo um trabalho de inteligência dos especialistas do Ieme”, afirma Pazzini.




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