O promotor de Justiça da Infância e Juventude de São Bernardo, Jairo Edward De Luca, propôs ação cautelar, com pedido de liminar, para interdição provisória do bloco 3 da Etec (Escola Técnica Estadual) Lauro Gomes, onde parte do forro e do telhado de uma das salas desabou há 11 dias, durante aula de Português. Até ontem, a Justiça não havia julgado.

O acidente não teve vítimas, embora cerca de 40 alunos do Ensino Médio tivessem acabado de entrar na sala para a segunda aula da manhã. Tijolos, que também despencaram do telhado, por muito pouco não atingiram a professora de Línguas e Literatura.

O pedido de interdição provisória do bloco, até que se reforme o telhado, se deu por conta do laudo de técnicos do Caex (Centro de Apoio Operacional à Execução), órgão de suporte do MP (Ministério Público), enviado ao promotor. O documento apontou a situação precária do telhado, com a possibilidade de novos acidentes. "Há telhas despregadas e risco de danos. Por isso, como prevenção, entrei com a ação cautelar", afirmou Jairo, que também esteve na escola após o incidente.

PARCIAL

Para a direção do Centro Paula Souza, responsável pelo gerenciamento das Etecs no Estado, não é caso para a interdição total do bloco 3. Mas sim parcial, exatamente na área onde ocorreu o acidente - na sala 359, sendo que a 360 também foi isolada pela direção.

Em nota oficial, o Centro informou que "parte do bloco 3 permanece isolada desde a semana passada por prevenção e para realização da reforma do telhado". E afirma ainda que as aulas seguem normalmente em outros ambientes do prédio, sem prejuízo aos alunos.

A Etec Lauro Gomes foi fundada há 55 anos, em São Bernardo. No bloco em questão, segundo o centro, existem 14 salas de aula, além de espaço multimídia, quadra, refeitório, manutenção e almoxarifado. Cerca de 1.200 alunos estudam nesse prédio.

Por precaução, o reprentante do MP também recomendou ao Centro Paula Souza, por e-mail, a interdição da área do bloco 3 até a conclusão da reforma. Porém, ofício do dia 20, assinado pelo engenheiro e coordenador técnico Rubens Goldman e pela chefe de gabinete da instituição, a professora Elenice Belmonte de Castro - ao qual a equipe do Diário teve acesso -, esclareceu ao promotor que "a reforma começaria na quarta-feira e que o local seria parcialmente interditado, de tal forma a ser resguardada a segurança dos alunos".

As obras, propriamente ditas, começam na segunda-feira, garantiu a instituição em resposta ao jornal.