Música de câmara, mas não aquela que normalmente se ouve nas salas de concerto. O grupo Anima se apresenta neste domingo no Sesc Santo André (r. Tamarutaca, 302. Tel.: 4469-1200) às 19h, com ingressos a R$ 12. O trabalho do Anima, surgido em Campinas, está ligado à criação de uma linguagem própria, com uma conexão entre a música da tradição oral brasileira e a música antiga da Europa e do Oriente Médio.

Formado por Dalga Larrondo, Isa Taube, Luiz Henrique Fiaminghi, Patrícia Gatti, Ricardo Matsuda e Valéria Bittar, o Anima tem dez anos de existência e dois CDs gravados, Espiral do Tempo (1997) e Especiarias (2000). Ambos foram premiados – o primeiro ganhou o APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) e o segundo, o Carlos Gomes de Música Erudita.

A mescla promovida pelo grupo se caracteriza com mais clareza nos timbres dos instrumentos utilizados, que promovem um encontro entre o passado e o presente. Da tradição brasileira, o Anima usa a rabeca, a viola de dez cordas, flautas de tribos do Alto Xingu. Da tradição do Oriente Médio: tambor persa e flautas dos pastores da Síria. A sonoridade do cravo e da flauta doce vieram da Europa.