Estamos começando mais uma temporada do futebol brasileiro com dúvidas que transcendem a tradição. Só há uma certeza neste início de ano: o Brasil, mais uma vez, diante de sua fragilidade econômica e as deficiências no modelo legal de gestão, não deverá competir com qualquer grande potência que despeja milhões de dólares e euros na contratação de jogadores.

Quando se vê que grandes clubes da Espanha, Itália e Inglaterra pagam ou recebem fortunas por uma transação, lamentamos que nosso País, tão tradicional na revelação de talentos, não consegue manter ou trazer grandes nomes internacionais. E agora a China entrou na parada e não tem limitado seus investimentos.

NA TORCIDA

Atualmente, especialmente o futebol do eixo Rio-São Paulo vai acompanhar o trabalho de ex-jogadores, agora treinadores de grandes clubes. Entre os paulistas ainda fica uma grande interrogação sobre os resultados de Rogério Ceni, no São Paulo, e Fábio Carille, no Corinthians. Já no Palmeiras, além de elenco grandioso aos nossos padrões, também não se sabe como reagirá Eduardo Baptista. O santista é o único que está acostumado com seu treinador, já bem rodado e sabe até onde pode chegar Dorival Junior.

No Rio de Janeiro, Jair Ventura busca a afirmação no Botafogo, da mesma forma que Zé Ricardo, mantido treinador no Flamengo, enquanto Cristóvão Borges precisa mostrar que tem qualidades no Vasco. Sobrou Abel Braga, veterano e campeão, que já é muito conhecido e deverá dirigir o Fluminense.

Se não temos uma economia forte e muito menos dinheiro, se não conseguimos contratar grandes jogadores, o melhor será torcer por esses jovens treinadores. Tomara que eles tragam novos conceitos táticos, novas propostas de se jogar futebol e com isso se afirmem no mercado.

Vamos torcer por eles.