A duas semanas de iniciarem seus mandatos à frente das prefeituras, os chefes de Executivo da região anunciaram o projeto de instituir um escritório do Grande ABC em Brasília, cujo o objetivo principal é aproximar as sete cidades das iniciativas do governo federal.
Alinhados politicamente, os futuros prefeitos admitiram trabalhar em torno da ação a partir dos primeiros meses de suas legislaturas, com plano de dividir a atual estrutura do Consórcio com o escritório na Capital do País.
Desde a vitória no pleito de outubro, o grupo de prefeitos tem defendido papel mais decisivo do Consórcio na captação de ações que beneficiem o Grande ABC. O primeiro plano neste sentido foi anunciar em novembro assento do governo do Estado nas reuniões ordinárias. A iniciativa foi amarrada junto ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) e oficializará o subsecretário de Assuntos Metropolitanos do Estado, Edmur Mesquita (PSDB), para o lugar cativo no colegiado.
“É unanimidade dentro da nova legislatura existir essa sucursal. É sentimento unânime de que temos de melhorar nossa representatividade em Brasília. Vamos diminuir o tamanho do Consórcio aqui (no Grande ABC), com redução de cargos. Podemos, em contrapartida, separar recursos para encaminhar um escritório para lá (Brasília). O Consórcio hoje demonstra que não tem relação com os demais entes da Federação e precisamos mudar isso”, pontuou o futuro chefe do Executivo de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), que também já amarrou votos para ser o presidente do colegiado de prefeitos da região.
Criado em 1990, pelo então prefeito de Santo André Celso Daniel (PT, morto em 2002), o Consórcio é alvo constante de críticas ao longo de mais de duas décadas por pouca efetividade na elaboração de projetos conjuntos para a região.
Futuro prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB)sustentou que a medida irá trazer benefícios à região, possibilitando avanço conceitual às administrações. “Dá aproximação maior e, dentro de proposta de equipe mínima, fazendo o dia a dia com ministros, abrindo portas em Brasília para obtenção de recursos, linhas de crédito e programas. É uma saída, tendo em vista gestão enxuta. Ter equipe sintonizada e ligada a todas as oportunidades que surgirem junto ao governo federal”, defendeu.
O colegiado hoje é presidido pelo prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), que, em discurso em última agenda oficial no Consórcio, assegurou avanços e conquistas importantes durante sua legislatura, citando o recurso de R$ 44,4 milhões em Mobilidade Urbana, pela União repassado a Rio Grande da Serra.
Prefeito eleito de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSB) presidiu a instituição por duas oportunidades quando foi prefeito de Rio Grande da Serra. “Estamos discutindo essa ideia de um escritório em Brasília. O apoio é unânime e vamos ver o acompanhamento e a condução desta iniciativa”, pontuou Kiko. (Colaboraram Raphael Rocha e Fábio Martins)
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