Os roubos e furtos de veículo na região voltaram a apresentar alta no mês de julho. Segundo números da SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Estado, divulgados ontem, houve aumento de 35,13% no furto e 11,97% no roubo de veículos em relação ao mesmo período de 2015. Ambos os índices foram superiores aos registrados na Capital e Estado (confira números na tabela abaixo).

De acordo com o comandante da PM (Polícia Militar) no Grande ABC, coronel Marcelo Cortez Ramos de Paula, as razões para o aumento devem ser apontadas com cautela. “A crise econômica pode ter feito que as pessoas recorressem menos a estacionamentos, fazendo com que mais carros fiquem estacionados perto de estações, o que indica que as pessoas recorram ao transporte coletivo de maneira compartilhada, mas são explicações provisórias. O nosso trabalho é identificar os locais onde o delito tem ocorrido com frequência e aumentar o policiamento.”

O comandante também afirma que o efetivo estava voltado principalmente para a questão dos roubos em geral, já que houve aumento nesse crime desde o início do ano. No último mês, o indicador começou a ser reduzido. Houve diminuição de 13,92% no roubo e de 0,15% nos furtos em geral.

Para contribuir com essa queda foram feitas campanhas de conscientização em relação aos celulares, que são os principais objetos desse crime. “Foram dois tipos diferentes de ações educativas, primeiro para esclarecer que receptação é crime e aquele que tenha um celular cuja a origem não é conhecida pode ser encaixado nesse infração. A outra diz respeito a cuidados nas ruas para diminuir a possibilidade de roubo”, disse Cortez.

Além disso, ele também destaca uma inovação no sistema de tablets das viaturas. Houve modernização dos aparelhos há três meses, o que possibilitou que o computador também pesquise o Imei dos celulares. O sistema só pode ser acessado em modelos mais novos. “Com essa ferramenta conseguimos melhorar o rendimento das abordagens.”

O levantamento da SSP mostra que os homicídios na região tiveram alta de 22,22%. Para o coronel, há dificuldades em casos passionais e que envolvam álcool e drogas, mas que campanhas como as de desarmamento atuam nesse crime. Ele afirma que esses números devem cair no mês de agosto.