O primeiro-ministro italiano, Massimo D'Alema, pensa em renunciar para formar um governo mais sólido antes do Natal, informou neste sábado a rádio estatal RAI. A coligaçao de centro-esquerda, no governo desde outubro de 1998, se viu enfraquecida por divergências entre os sócios e um pedido pela renúncia de D'Alema feito pelo partido Socialista, um dos que integram o governo.

Os parlamentares aguardavam os discursos que D'Alema faria na Câmara dos Deputados e no Senado. Assim que os concluir, irá ao palácio Quirinal para apresentar sua renúncia. Isso, no entanto, dependerá da aprovaçao do orçamento para o ano 2000 pelo Senado, que ainda estava sendo debatido.

Os observadores políticos calcularam que D'Alema poderia contar com o apoio de 318 dos 630 deputados, o que permitiria que ele propusesse um voto de confiança, que requer a metade mais um dos votos dos parlamentares. O voto de confiança poderia ser requerido para a formaçao de um novo governo. Os socialistas indicaram que poderiam se abster de votar. O ex-presidente Francesco Cossiga insinuou que seu pequeno grupo político poderia nao fazer parte de um novo governo, mas continuaria apoiando D'Alema no parlamento.