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Nova sigla, PPL quer disputar os 7 Paços da região
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
28/03/2010 | 07:01
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O mais novo partido do Estado de São Paulo tem aspirações audaciosas no Grande ABC. Recém-criado - conseguiu registro no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) dia 4 -, o PPL (Partido da Pátria Livre) visa estar em chapa majoritária nas sete cidades da região nas eleições de 2012.

No último pleito, em 2008, somente uma legenda conseguiu essa façanha: o PT. Nem mesmo o gigante PSDB esteve presente em todos os municípios - em São Caetano os tucanos foram apenas coadjuvantes.

A 28ª sigla do Brasil - sob o número 80 nas urnas - terá o objetivo de ser cabeça das candidaturas em ao menos dois municípios considerados chave: São Caetano e Santo André, dois territórios comandados por petebistas.

Na cidade liderada por José Auricchio Júnior (PTB), o PPL aguarda a definição do quadro sucessório, que deve ganhar contornos somente no ano da eleição municipal. Isso porque há a expectativa de que o grupo político que hoje governa o Palácio da Cerâmica se separe.

E como a esmagadora maioria dos partidos está nas mãos do chefe do Executivo - 19 partidos estiveram no arco de alianças do petebista em 2008 -, a saída para os dissidentes será se abrigar em siglas alternativas. No caso, o PPL estará de portas abertas.

Nas demais cidades, as pretensões são de, no mínimo, indicar vices-prefeitos nas chapas que tentarão os paços do Grande ABC. Haverá preconceito por ser um partido novato e será visto com maus olhos?

"Não, porque ingressaremos no panorama com novas propostas. Vamos convidar lideranças importantes para ser nossos parceiros, ao mesmo tempo em que reforçaremos a tese de renovação política", explica o presidente estadual da nova sigla, Miguel Manso, diretor de Governo na Prefeitura do Guarujá (Litoral paulista).

Se na região os objetivos são ambiciosos, no restante do Estado não é diferente. Atualmente existem diretórios provisórios em 100 das 645 cidades de São Paulo. A intenção é chegar a 300 em 2012.

No País, o PPL já está constituído em quatro estados: além de São Paulo, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Para conquistar em definitivo a inscrição no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), serão precisos mais cinco federações. Os processos em 17 já estão em andamento.

Legenda atuará este ano de forma indireta

Apesar de mirar as eleições de 2012, o PPL também atuará no pleito deste ano, ainda que de forma indireta. O partido apoiará algumas candidaturas a deputado estadual. O médico Léo Kahn (PP), de Santo André, e o sindicalista Lindolfo Santos (PDT) estão entre os nomes que terão adesão.

"Já fizemos alguns acordos. Precisamos constituir uma base forte para 2012 e lançar vereadores e prefeitos com condições de vencer as eleições", vislumbra Octávio Kahn, ex-integrantes do PPS de São Caetano, que coordenará as ações do Partido da Pátria Livre no Grande ABC. "Sem pressa, concretizaremos trajetória sólida, com ideais, valores e posições", completa.

O apoio para a candidatura à Presidência também já está definido. O PPA, que possui ex-militantes do MR-8, antiga ala do PMDB, estará ao lado da ministra Dilma Rousseff (PT), indicada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a sua sucessão - apesar de o governo federal receber críticas das políticas econômica e internacional dos representantes do PPL.

Em São Paulo, a adesão também será à candidatura petista ao Palácio dos Bandeirantes, provavelmente sob a batuta do senador Aloizio Mercandante (PT-SP).

Mas se o discurso por parte dos militantes do PPL, de forma geral, visa propagar a proposta de inovação, a atitude prática ainda se mantém arcaica. "Nos municípios, o apoio está liberado. Cada cidade tem sua realidade", informa Miguel Manso, em comportamento semelhante a dos partidos já existentes.

JUVENTUDE - Para atrair a atenção de jovens que queiram ingressar na política, o PPL realizará em maio - local indefinido - o 1º Congresso da Juventude. A intenção é escolher mil delegados que participarão de encontro nacional no Rio de Janeiro, em julho.

"Estamos nos organizando em DCE (Diretórios Centrais de Estudantes) dentro das faculdades e de outros pólos estudantis como a UNE (União Nacional dos Estudantes), em que atuamos na secretaria-geral da entidade", frisa o presidente paulista do PPL.




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