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Saúde: R$ 236 mi e muitos problemas
Por Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
02/01/2008 | 07:00
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Secretário de Saúde de Santo André de 1997 a 2000 (na segunda das três gestões do prefeito Celso Daniel, assassinado em janeiro de 2002), o médico sanitarista Homero Nepomuceno Duarte retornou recentemente ao comando da Pasta em um momento conturbado do governo, com uma das missões mais difíceis do atual secretariado, recomposto no final do ano passado após a saída de 13 dos 16 integrantes do primeiro escalão por divergências com o prefeito João Avamileno.

Ele terá de tentar minimizar a insatisfação latente que cerca a área da Saúde na cidade. O setor é responsável pela maior quantidade de reclamações tanto por parte dos oposicionistas na Câmara quanto da população, que recorre à Ouvidoria. “O problema da Saúde não é exclusividade de Santo André. Há pesquisas em nível nacional as quais indicam que a área passou a ser a maior preocupação do brasileiro, superando inclusive as questões do emprego e da Segurança”, discursa.

O desempenho de Homero à frente da Secretaria ainda será fundamental para determinar o sucesso – ou o insucesso – do PT nas eleições municipais de 2008, uma vez que uma das principais missões dele é tentar resolver o imbróglio que virou a entrega do Hospital da Mulher, adiada sistematicamente desde 2005.

Para tocar este e outros projetos, o secretário terá à disposição R$ 236,2 milhões em caixa em 2008. Trata-se do segundo maior orçamento da Prefeitura, atrás somente da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, cuja verba é de R$ 247,5 milhões.

O valor, no entanto, não é considerado o ideal devido a quantidade de problemas envolvendo o setor. Mas Homero está confiante. “Na verdade, a gente sempre acha que precisa de mais recursos. Mas com uma boa dose de controle e de gestão, mesmo que o montante não seja suficiente para dar conta da demanda, ele será razoavelmente satisfatório para manter e até ampliar serviços. Piorar não vai”, garante.

Além do Hospital da Mulher, Homero destaca outras prioridades da Saúde andreense em 2008. Entre as quais, ele cita a necessidade em se ampliar o atendimento de urgência e emergência, especialmente nos casos de maior gravidade que necessitam ser encaminhados para a UTI. O secretário considera o problema o “grande gargalo” do SUS (Sistema Único de Saúde) atualmente.

E, para melhorar este “primeiro atendimento’, o secretário adianta que um dos objetivos é readequar o espaço que ficará vago no Centro Hospitalar, hoje ocupado pela Maternidade (a qual funcionará no Hospital da Mulher), para entregar de 20 a 30 leitos para assistência emergencial.

Sobre possíveis perdas com o fim da CPMF, Homero não demonstrou preocupação. “O prejuízo é muito mais no sentido de podermos avançar do que retroceder”, avalia.



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