O aniversário é uma data na qual se relembra o passado, celebra-se o presente e se planeja o futuro. Em Diadema, todos estes elementos foram vistos ontem, durante as festividades dos 56 anos da cidade. Como parte das comemorações, o Centro Cultural de Memória de Diadema, na Avenida Alda, no Centro, foi reinaugurado após oito meses de reforma.

A entrega foi acompanhada pelo prefeito Lauro Michels (PV) e emancipadores do município, e contou com atrações musicais e teatrais.

A revitalização só foi conquistada graças a recursos da outorga onerosa, que prevê contrapartidas financeiras de empresas que realizam obras na cidade. Foram oito meses de restauração, com recursos de R$ 900 mil. Para o historiador Walter Adão Carreiro, 76 anos, que participa da administração do local desde 2003, a reforma foi uma conquista. “Esperamos por dez anos. Estou feliz com o resultado.”

O casarão construído em 1931 possui acervo de mais de 4.000 fotos que detalham a história de Diadema. O prédio será aberto à visitação, além de abrigar debates e exposições. Durante a cerimônia de reabertura, o prefeito homenageou os emancipadores. “Foi necessária muita luta para chegar onde estamos. É muito importante saber de onde viemos para conhecer quem somos.”

A aposentada Virgília Pires, 82, participou do movimento de emancipação de Diadema. “Moro aqui há 67 anos e vi as mudanças. Tenho orgulho em dizer que fui a primeira funcionária da Câmara Municipal.”

A simpática sambista Maria da Penha Santos, 75, conhecida como Pérola Negra, também participou do processo que deu autonomia ao município e se diz orgulhosa de ver os avanços alcançados. “Cheguei aqui ainda criança e morei em uma fazenda. Lembro que para chegar em alguns locais era preciso ir a cavalo. Estou muito feliz por estar viva, presenciar essa evolução e saber que meus netos e bisnetos viverão em um bom lugar”.