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Para ver, rever e admirar

Mostra apresenta novidades e faz resgate de
antigos salões de arte da cidade de Santo André

Por Vinícius Castelli
19/08/2015 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Berço de grandes artistas plásticos, o Grande ABC já teve representantes como João Suzuki (1935-2010), que deixou legado imensurável. Isso sem contar com diversos nomes que ainda estão ativos. O fato é que a região não se cansa de produzir belas obras e se orgulha de ter um dos salões mais importantes do País. O Salão de Arte de Santo André teve início em 1968 e hoje carrega o nome de outro ilustríssimo andreense, Luiz Sacilotto.

Boa parte de todo o material que já passou pelo salão em 47 anos pode ser apreciada na mostra Memórias e Ações dos Salões de Arte Contemporânea de Santo André, que já tomou conta do Salão de Exposições do Paço Municipal (Praça 4º Centenário). A visitação pode ser feita até 26 de setembro, de terça-feira a sábado, das 14h às 19h. A entrada é gratuita.

Projeto contemplado pelo Proac (Programa de Ação Cultural) do governo do Estado de São Paulo, e que tem apoio da Prefeitura de Santo André, a exposição apresenta ao público trabalhos e artistas que, de alguma forma, participaram dos salões, incluindo também produções mais recentes e até inéditas.

Douglas Negrisolli, andreense responsável pela curadoria da mostra, explica que está fazendo correspondência entre o que há no acervo e quem o está produzindo. “Estou trabalhando nesse projeto há cerca de um ano e meio”, conta ele. O curador revela que para a escolha dos trabalhos ele partiu de duas premissas. “(Fazem parte) Obras disponíveis no acervo da cidade e que não estavam em exposição na Pinacoteca. Também está na mostra material de artistas que participaram desses salões e que não conseguimos chamá-los ou porque pararam de produzir ou porque morreram e não foi possível o contato com a família”, explica.

Entre as obras que poderão ser degustadas pelo público está a peça Samantha com Roupa de Bruxa, assinada por Sérgio Romagnolo, em 2008, preparada em acrílica sobre tela. Do mesmo nome, a mostra ainda pincela James Endora Lerry e Cliente no Escritório, também de 2008 e feita em acrílica sobre tela.

Outra peça que chama a atenção já do lado de fora do espaço é a ‘cortina’ feita por Cristina Suzuki. A obra, produzida com carimbo sobre papel e que faz parte da série Imprinting, cobre toda a janela do salão, dando ar de mistério para quem está do lado de fora. Vitor Mizael também ilustra a exposição com obra recente, sem título e feita com lápis e giz oleoso sobre madeira.

Das peças que fazem parte do acervo, estão nomes como Renato Brancatelli, com Noturna 1, de 1981. A mais antiga é Gravura II, do artista paulistano Alex Vallauri (1949-1987), de 1970. “Os trabalhos novos foram descobertas interessantes. As pessoas ficarão surpresas e a maior parte é inédita. Os visitantes poderão ver também obras que foram pouco exibidas, como uma de Sandra Cinto”, conclui.




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