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Grande ABC precisa ter mais
câmeras de segurança nas ruas
Por Renan Fonseca
Do Diário do Grande ABC
20/03/2011 | 07:00
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O Grande ABC precisa ampliar o número de câmeras de monitoramento nas ruas, além de construir uma central que divida as informações entre as cidades e a Capital do País, Brasília. Essa é a visão da secretária Nacional de Segurança Pública Regina Miki. Ela esteve ontem na solenidade de inauguração da Inspetoria da GCM (Guarda Civil Municipal) Taboão/Paulicéia, em São Bernardo.

Regina Miki, que já comandou a Secretaria de Segurança Pública de Diadema, esclarece que as políticas públicas para o setor fazem parte da rotina de discussões na Explanada dos Ministérios. "O Grande ABC tem uma população aproximada de 2,5 milhões de pessoas. Por isso, os governos municipais têm de pensar que já não existem fronteiras entre as cidades", ressaltou Miki.

A secretária esclareceu que, no momento, o Ministério da Justiça está estudando ampliar o Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania). "E, com certeza, o Grande ABC está entre as prioridades da Pasta. Não digo isso por já ter trabalhado na região, mas sim pela dimensão das sete cidades", falou.

Ela comentou também sobre a importância do Consórcio Intermunicipal na elaboração de planos para combater a criminalidade no âmbito regional. "É importante que as prefeituras se valham do papel do Consórcio. Os projetos direcionados ao Pronasci podem ser encaminhados pela entidade."

 

CÂMERAS

Para Regina, os sete municípios devem se empenhar em instalar e aumentar o número de câmeras de segurança. Para ela, cada cidade deve ter uma central de monitoramento que deve agregar as imagens em um escritório regional. "É importante que o policial ou GCM (Guarda Civil Municipal saibam o cenário onde está acontecendo o crime, para entender a melhor forma de abordagem", esclareceu.

A secretária, a qual a GCM de Diadema era subordinada, salientou a importância da corporação. "O guarda-civil pode desempenhar a função de prevenir a criminalidade a partir do momento em que está inserido na comunidade", sustentou. "A Polícia Militar responde ao Estado e pode ser deslocada de cidade. A GCM, ao contrário, desenvolve atividades somente no município, o que permite a proximidade com a população."

 Marinho entrega terceira inspetoria da GCM

 A terceira Inspetoria da GCM (Guarda Civil Municipal) de São Bernardo foi inaugurada ontem, no bairro Taboão, com a presença da secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki. A unidade também vai atender a Vila Paulicéia, somando uma população superior a 64 mil habitantes.

Segundo o prefeito Luiz Marinho (PT), 80 guardas e 11 viaturas vão fazer o patrulhamento diário. "Essa tropa vai atender somente aos dois bairros. A descentralização da GCM permite que os oficiais criem identidade com a população, inibindo a criminalidade", ressaltou.

Até o fim deste ano, outra inspetoria será criada, desta vez no Rudge Ramos. "A meta é expandir cada vez mais a atuação da GCM, que não vai apenas cuidar do patrimônio municipal, mas também vai atuar na prevenção e apoio às comunidades", disse Marinho. "Não é somente fazer patrulhamento. O guarda também pode ajudar nas portas das escolas ou até auxiliar uma pessoa a atravessar uma rua. O importante é a presença constante do oficial."

Durante a solenidade, o prefeito aproveitou para lembrar que o Estado é o responsável por cuidar da Segurança Pública. "Na Paulicéia e Taboão estou disponibilizando 80 agentes. Seria muito bom se o governo estadual dobrasse o número de policiais nesses bairros", pontuou.

Riacho Grande e a região do Batistini/Alvarenga já contam com inspetorias. A unidade do Taboão/Paulicéia vai funcionar na Rua Dinamarca, 232, no Taboão.

O morador Antonino Caninotá, 73 anos, disse que vai aguardar o resultado da inspetoria. "Há um mês fui assaltado. Agora, quero ver ser realmente a criminalidade daqui vai diminuir", falou.




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