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Já esperava, diz Edílson sobre aliança entre Atila e Vanessa

Secretário de Governo de Donisete também rebate críticas da peemedebista: ‘Desrespeito que pode levar a processos’

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
23/06/2015 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


O secretário de Governo de Mauá, Edílson de Paula (PT), afirmou que já esperava pela aproximação política dos deputados estaduais Vanessa Damo (PMDB) e Atila Jacomussi (PCdoB), com vistas ao processo eleitoral do ano que vem, na tentativa de impedir reeleição do prefeito Donisete Braga (PT).

“Já esperava por isso (aproximação). Faz parte da democracia”, resumiu Edílson, ao comentar o anúncio feito por Vanessa ao Diário. A peemedebista disse que já tinha acordado com Atila projeto eleitoral em conjunto, e que somente a estratégia eleitoral não estava definida: ela poderia sair candidata ao Paço com o comunista como vice; os dois apostarem em projeto solo e se unir no segundo turno; ou ela indicar o número dois da chapa encabeçada pelo deputado estadual. “Não descartamos aliança com Atila. Com Donisete está descartado. Se houver duas candidaturas estaremos juntos no segundo turno”, adiantou.

Edílson, porém, partiu para o ataque ao comentar a declaração de Vanessa sobre o governo de Donisete – a parlamentar estadual classificou a gestão petista como “balcão de negócios”.

“Ela foi muito infeliz com esse dizer. Uma coisa é falar em cotexto político. Quando isso ocorre, cabe respeitar a opinião de cada um e deixar que a população julgue no momento certo. Agora, de maneira pejorativa, mostra desrespeito e novamente caracteriza a deputada por falas dessa forma, que já a levaram a responder processos jurídicos. Se continuar nessa linha, acontecerá de novo”, criticou, sem confirmar se estuda medida judicial contra Vanessa. Batalhas judiciais entre Donisete e Vanessa vêm desde a eleição de 2012 – em um deles é sobre panfleto apócrifo distribuído no segundo turno difamando o atual prefeito mauaense.

Articulador da gestão petista, Edílson forçou comparação da administração de Donisete com ações feitas por Leonel Damo (PMDB), pai de Vanessa, entre dezembro de 2005 e 2008. “O trabalho do Donisete ainda não acabou e já se vê Mauá muito mais evoluída do que o período do governo Leonel, que na última gestão foi incapaz de entregar uma creche sequer. Aliás, a deputada volta a errar quando fala em 20 anos de administração petista. Porque foi justamente neste período que a cidade mais evoluiu”, argumentou.

Titular do Governo acrescentou também que postura pode ser encarada “como desespero” ao considerar que discurso é adotado “por falta de proposta”. “Pessoas somente podem criticar uma administração deste jeito quando se têm propriedade de conhecimento. Fica um ataque sem propósito, com o objetivo de conseguir votos. Sem aprofundamento e também por conta da ausência de projetos para o município. Ela deveria se retratar, porque se insistir em falas como esta vai perder a credibilidade”, alegou.

Adversários na eleição de 2012, Vanessa e Donisete foram ao segundo turno com o petista vencendo ao final, contando com adesão de Atila. Como recompensa, o comunista foi alçado para o comando da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá). A aliança entre ambos durou até abril, quando o chefe do Executivo, sem resposta para futura adesão, exonerou os cargos ligados ao parlamentar estadual.




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