Blair nao estará em Londres para enfrentar o fracasso anunciado, já que deve passar as próximas 48 horas em Belfast com o objetivo de relançar as negociaçoes cruciais sobre o destino da Irlanda do Norte.
A eleiçao de um prefeito para Londres é um dos itens da reforma institucional, que poderá ser aplicado a outras grandes cidades da Gra-Bretanha. No entanto, esta quinta-feira os 5,09 milhoes de londrinos nao se mostravam muito favoráveis a recompensar Tony Blair por ter-lhes restituído o direito de administraçao autônoma que foi tirada por Margaret Thatcher em 1986, ao abolir Greater London Authority (GLA).
Ken Livingstone, o último chefe do GLA, é considerado ``um desastre para Londres' por Blair.
O chefe do governo cumpriu com seu dever eleitoral esta quinta-feira depois de depositar seu voto, na companhia de sua esposa Cherie, no candidato oficial do Partido Trabalhista, Frank Dobson.
No entanto, seu ``pupilo' corre o risco de ficar em terceiro ou quarto lugar no resultado final, atrás do conservador Steven Norris e até mesmo, o que seria uma verdadeira humilhaçao, atrás da democrata liberal Susan Kramer, desconhecida há até algumas semanas.
Para enfrentar Livingstone, Dobson foi obrigado a abandonar a pasta de ministro da Saúde por uma direçao do Partido Trabalhista, um gesto que nao parece ter convencido a base trabalhista.
Mas o mais grave para Tony Blair será o veredicto dos 20 milhoes de eleitores da Inglaterra, que terao de renovar esta quinta-feira os 152 conselhos municipais, e nos quais o Partido Conservador, com William Hague à frente, conta com boa vantagem.
Além disso, Hague podera sair ainda mais beneficiado no caso de abstençao maciça. Tradicionalmente, o índice de participaçao chega a 30%.
A última prova será disputada nas eleiçoes parciais da jurisdiçao de Romsey (sul), onde os trabalhistas nao esperam vencer, mas torcem que os democrata-liberais derrotem os conservadores.
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