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Marinho gasta R$ 6 mi e não detecta pedra no piscinão do Paço

Prefeitura de S.Bernardo investiu em sondagem do terreno; serviço está parado devido à rocha

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
01/06/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


O governo do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), despendeu R$ 6,3 milhões em sondagens para estudos de solo para a construção do piscinão do Paço, situado no estacionamento do prédio do Executivo. O milionário investimento não detectou imensa rocha abaixo do terreno que impediu sequência dos serviços.

A demanda foi executada pelo Consórcio Falcão Bauer, e foi inclusa em termo de aditamento assinado em 2012, cujo valor total foi de R$ 21,5 milhões – foram executados serviços habitacionais, infraestrutura e drenagem. A obra, que é tocada pelo Consórcio Centro Seco, sofre com morosidade por falta de recursos e pelo impedimento da pedra no solo. Funcionários travaram na perfuração e ainda não se sabe como essa etapa será superada.

O episódio levou o vereador da oposição e presidente do PPS municipal, Julinho Fuzari, questionar a idoneidade do contrato firmado entre a Prefeitura e a empresa responsável. Para o parlamentar, o caso cabe investigação do Ministério Público, uma vez que envolve quantia considerável. “Com quantas dificuldades financeiras que o município passa, vemos uma situação de contratação somente para verificar o solo e que não enxergou uma gigantesca pedra. Ou o laudo não pode ser levado a sério”, pontuou.

O popular-socialista espera providência do governo Marinho quanto À solução para o caso, enfatizando esperar por explicações públicas. “O mínimo que se espera em uma situação como essa é discurso justificando as reais condições de um contrato como esse. É notório a todos a presença de uma rocha, no meio do solo. Como que uma equipe técnica não constatou? E agora, o dinheiro será revertido aos cofres públicos ou haverá novo estudo?”, indagou o vereador oposicionista.

HISTÓRICO
A construção do piscinão do Paço é uma das principais plataformas políticas que Marinho para elevar o secretário de Serviços Urbanos, Tarcisio Secoli (PT), seu predileto para encabeçar a candidatura do petismo na corrida eleitoral majoritária de 2016.

O serviço está incluso no Projeto Drenar, que visa minimizar enchentes pela cidade.
Iniciado em dezembro de 2013, o piscinão do Paço tem previsão de conclusão para o fim de 2016 e custo estimado de R$ 295,8 milhões, grande parte custeada pelo governo federal, por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Entretanto, sofre com morosidade dos serviços, que beiram o abandono.

Marinho chegou a culpar o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) por atrasos de repasses. O Ministério das Cidades, chefiado por Gilberto Kassab (PSD), prometeu destravar financiamento, mas espera comprovação da obra. 




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