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Camila Pitanga: 'meu nome é trabalho'
Renata Petrocelli
Da TV Press
28/06/2003 | 19:39
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Até hoje Camila Pitanga fica trêmula a cada vez que Luciana, sua personagem em Mulheres Apaixonadas, aparece em cena realizando algum procedimento médico. A reação, no entanto, não é fruto de sua já propalada fobia a sangue, que acabou amenizada durante os laboratórios para a composição da dedicada médica. É a necessidade de transmitir familiaridade e precisão em uma ocupação tão distante de seu dia-a-dia que ainda lhe tira a calma. “Fico imaginando que ela estudou anos para dizer aquilo como se fosse a coisa mais natural do mundo”, afirma.

A preocupação revela o extremo cuidado de Camila com cada detalhe das personagens que interpreta. O rigor com o próprio trabalho é manifestado ainda no estúdio, onde ela faz questão de conferir no monitor as cenas que acabou de gravar.

Aos 26 anos, Camila já tem uma década de carreira na TV e fala de trabalho como uma veterana. Por isso mesmo destaca a personalidade de Luciana como um dos grandes atrativos do papel e chega a defini-la como sua primeira personagem verdadeiramente adulta.

TV PRESS - A Luciana vive em permanente conflito com seus sentimentos por Diogo (Rodrigo Santoro). Como você trabalha esta relação na composição da personagem?
CAMILA PITANGA - Desde que recebi o convite para interpretar a Luciana, esta relação interrompida era um traço forte da personalidade dela. Tanto que minhas primeiras cenas na novela ficaram muito em cima do casamento do Diogo e das brigas dela com a Marina. Ele é o grande amor da vida dela, mesmo depois do envolvimento com o César. Este triângulo, e na realidade cada um deles é a ponta de outro triângulo também, é sem dúvida um fato importante na composição. Mas me prendi mais a traços da personalidade dela que me atraem muito. É uma mulher que sabe o que quer, tem uma responsabilidade enorme no trabalho, uma relação bacana com a família, é coerente, ética, forte e ao mesmo tempo bastante espontânea nos seus sentimentos.

TV PRESS - Você acha difícil lidar com a imprevisibilidade na trajetória dos personagens de novela?
CAMILA - É natural, mas aprendi que o ator não pode criar expectativa em novela. É preciso se entregar mesmo. É sempre um tiro no escuro. Nesta novela, em especial, trabalhamos desde o início com um perfil muito restrito dos personagens. Não tinha nada muito definido, mas isso é bom, é instigante.

TV PRESS - Você tem algum tipo de preocupação ao selecionar seus trabalhos na TV?
CAMILA - O ator hoje em dia não tem muito o que escolher na TV. Os convites acontecem independentemente da nossa vontade. Tenho a sorte de não me sentir seqüestrada por um tipo de personagem só. Acho que já transcendi este tipo de questão.




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