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Egito teme por turismo após agressões a estrangeiros
Das Agências
18/03/2001 | 15:44
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O Egito, cuja economia depende em boa parte dos rendimentos turísticos, reforçou as medidas de segurança em torno dos sítios faraônicos depois de duas agressões contra turistas durante esta semana.

As autoridades aumentaram suas precauções em diferentes pontos, principalmente nos arredores dos templos de Luxor (Sul), um dos lugares que mais atrai turistas, segundo a agência de notícias egípcia Mena.

"Todas as pessoas e carros que saem desses lugares são revistados", declarou um responsável local pela segurança.

Em um setor econômico delicado, que tenta apagar as cicatrizes do terrível atentado de Luxor, em 1997, quando 58 turistas foram massacrados por integristas, qualquer acontecimento infeliz, mesmo quando desprovido de conotação política, pode levar a cancelamentos em série por parte das agências internacionais de viagens.

Os responsáveis egípcios decidiram reagir imediatamente depois dos dois incidentes que ocorreram na semana passada, em Luxor e ante as grandes pirâmides de Gizé.

Na segunda-feira passada, um guia turístico egípcio, casado com uma alemã, tomou como reféns quatro turistas alemães depois de convidá-los para jantar e dar-lhes um sonífero, e quis usá-los para trocá-los por seus dois filhos, que vivem com a mãe na Alemanha.

A polícia egípcia libertou na quinta-feira passada os turistas alemães retidos. O guia se rendeu sem resistência e os quatro cativos foram levados para o quartel general de segurança de Luxor.

No sábado, uma japonesa residente no Egito foi esfaqueada por um egípcio em outro dos lugares preferidos dos turistas e egiptólogos amadores, as grandes pirâmides de Gizé, na periferia do Cairo.

A polícia feriu o assaltante com uma bala antes de capturá-lo. A japonesa foi hospitalizada, mas seus ferimentos não são graves.

O ministério do Interior egípcio disse que o que ocorreu tanto em Luxor como em Guizé foram delitos de direito comum.

O agressor da japonesa é um cabeleleiro da Alexandria que queria assaltá-la, enquanto que a tomada de reféns de Luxor foi por "razões familiares, sem laço algum com a política".

O Egito, que recebeu em 2000 mais de cinco milhões e meio de turistas - cifra recorde - sofreu pelo menos durante dois anos as conseqüências do massacre de Luxor em 1997.




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