A qualidade da Educação estadual do Grande ABC apresentou melhora entre 2013 e 2014, de acordo com o Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo). Neste ano, a Secretaria Estadual da Educação divulgou o indicador por diretoria de ensino e não por escola, como ocorre tradicionalmente.

Com exceção de Diadema, os números do Ensino Médio da região superaram a média estadual, que passou de 1,83 para 1,93 no período. Em Diadema, o índice subiu de 1,63 para 1,7. Santo André apresentou alta de 1,93 para 1,98 no indicador entre os dois anos. Já a Diretoria de Ensino de São Bernardo, que inclui ainda São Caetano, registrou evolução de 1,93 para 2,04. A divisão de Mauá, responsável também por Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, obteve evolução de 1,88 para 1,99 (veja tabela acima).

O Idesp existe desde 2007 e atribui nota de zero a 10 às escolas do Estado com base no desempenho do Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar) – que mede conhecimentos em Português e Matemática, além de aspectos como frequência e evasão escolar.

No primeiro ciclo do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano), tanto a Diretoria de Ensino de Santo André quanto a de Mauá superaram a média estadual, que passou de 4,42 para 4,76 entre 2013 e 2014. Na primeira, o índice aumentou de 4,83 para 5,11 e na segunda evoluiu de 4,67 para 4,97. O Estado não divulgou os números referentes a Diadema, e esta etapa do ensino é municipalizada em São Bernardo, portanto, de responsabilidade da Prefeitura.

A segunda etapa do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) também apresentou melhora em São Bernardo e Mauá: evoluiu de 2,62 para 2,72 e de 2,54 para 2,72, respectivamente. Neste caso, apenas Santo André não atingiu a média do Estado. A cidade teve índice de 2,54 em 2014 contra 2,42 um ano antes. A média estadual passou de 2,5 para 2,62. Não foram informados os dados de Diadema.

Para a dirigente regional de ensino de Santo André, Ariane Aparecida Butrico, os índices são importantes para mapear os problemas da rede e, com isso, focar as ações necessárias para a melhoria da qualidade do ensino. “Não estou satisfeita, mas já dá para perceber que o trabalho de formiguinha que vem sendo feito há um bom tempo começa a dar resultados”, considera. Segundo ela, a melhora, ainda que tímida, demonstra esforços para a redução das taxas de abandono e evasão e o trabalho voltado à formação docente.

Os próximos passos, segundo a dirigente, devem concentrar esforços na formação continuada dos professores e gestores. “Vamos intensificar a capacitação dos docentes, principalmente dos coordenadores”, destaca.

GREVE

Após protesto e assembleia realizados na tarde de ontem, que reuniu 10 mil pessoas, professores da rede estadual decretaram greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira. Eles cobram melhoria salarial e das condições de trabalho.