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Com bom futebol, Santos vira em cima do Palmeiras na Vila

Apesar de sair atrás no placar, Peixe mostra força, vence e mantém a ponta no Paulistão

Por Felipe Simões
Do Diário do Grande ABC
12/03/2015 | 07:00
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Estadão Conteúdo


Surpreendente. Cotado como quarta força do Campeonato Paulista, o Santos está derrubando todos os prognósticos. E ontem não foi diferente. Jogando bom futebol, o Peixe fez 2 a 1, de virada, no clássico contra o Palmeiras, na Vila Belmiro e manteve a ponta isolada da competição, com 23 pontos, liderando com folga o Grupo 4. Já o Verdão se manteve em primeiro da Chave 3, com 18.

No entanto, o início do clássico foi do Palmeiras. Tanto que um leigo que não soubesse que o jogo estivesse sendo na Vila Belmiro poderia pensar que o duelo fosse no Allianz Parque.

A superioridade alviverde era tanta que o Peixe mal passou da linha do meio campo. E o Verdão aproveitou o bom momento e abriu o placar aos sete minutos, com o zagueiro Vitor Hugo, que subiu mais do que a zaga em cobrança de escanteio.

No entanto, depois dos 15 minutos, o Peixe tomou conta do clássico. Aos 19, Geuvânio bateu forte e Fernando Prass fez boa defesa. No minuto seguinte foi a vez de Lucas Lima exigir do goleiro palmeirense.

Aos 27, não teve jeito. Ricardo Oliveira apareceu na esquerda e colocou na medida para Renato empurrar para o gol e deixar tudo igual.

O Santos quase ampliou dois minutos depois. Robinho recebeu na intermediária e bateu de chapa, na trave esquerda.

Na volta do intervalo, a partida continuou intensa, com as equipes saindo para o ataque. Ligeiramente melhor, o Peixe rondava a área alviverde, mas pecava na criação.

Quando o Verdão balançou a rede, o assistente alegou impedimento inexistente de Dudu, que rolou para Robinho marcar. Na sequência, aos 16, o Santos não desperdiçou. Robinho lançou por elevação para Ricardo Oliveira. O camisa 9 dividiu com a zaga e, na sobra, deu uma cavadinha sobre Fernando Prass para virar o duelo e dar números finais à partida.

Santistas festejam vitória, mas querem pés no chão

A vitória no clássico e a liderança isolada na classificação geral do Campeonato Paulista não fazem os santistas perderem a humildade. Após o clássico, os jogadores pediram pés no chão para a sequência da competição.

“A força vem do grupo e a gente está mostrando isso. Vamos com humildade e pés no chão, tem muito campeonato pela frente. Vencer o clássico dá confiança, mas não podemos deixar subir demais”, comentou Renato.

“Estamos em uma crescente, ganhamos de um grande rival, mas temos que ter os pés no chão. Nosso time vem com humildade, ninguém falava na gente, e nós estamos mostrando que temos condições. Temos de manter a seriedade e humildade para conquistar nossos objetivos, que são a classificação no grupo e, depois, a liderança no geral”, afirmou Robinho.

DORIVAL

O presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, adiou para hoje uma reunião que teria ontem com o técnico Dorival Júnior por conta do clássico diante o Palmeiras.

Apesar disso, não deve haver uma definição sobre a contratação do treinador. Isso porque Vagner Mancini corre por fora e deve se encontrar com a cúpula santista no sábado, dia que volta da Europa após período de estudos com técnicos do Velho Continente.

Palmeirenses exaltam luta da equipe, mas lamentam revés

Na saída do gramado da Vila Belmiro, a avaliação dos jogadores do Palmeiras foi de que não faltou empenho à equipe no clássico. Para Zé Roberto, o Alviverde perdeu a intensidade apresentada na primeira etapa.

“No segundo tempo, nossa equipe não conseguiu manter a mesma intensidade e saímos com a derrota, que traz tristeza pelo início do primeiro tempo”, lamentou o experiente jogador.

“Foi um jogo pau a pau. É complicado. Era importante sair com a vitória no clássico. A equipe não deixou de lutar, mas vamos levantar a cabeça”, afirmou Arouca, que disse não ter ficado preocupado com as vaias que recebeu da torcida santista.“Não estou aqui para ficar preocupado com isso”, disse, sem se estender no assunto.

Já o atacante Dudu preferiu dar os méritos da vitória aos jogadores do Santos. “Levamos um gol em uma jogada que a gente sabia que ia acontecer e não conseguimos evitar. O time deles é bom. Eles chegaram na frente bem e fizeram os gols”, comentou o jogador do Verdão.

VALDIVIA

Apesar de não jogar desde dezembro do ano passado, o meia Valdivia foi convocado pelo técnico Jorge Sampaoli para defender a seleção do Chile nos amistosos contra Irã e Brasil, nos dias 26 e 29, respectivamente. O Mago ainda não jogou em 2015 por conta de uma lesão muscular na coxa esquerda.




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