Política Titulo Santo André
G-12 pode viver desmanche na Câmara de Santo André

Vereadores independentes negam, mas alguns
nomes já estabelecem conversa com o governo

Caio dos Reis
Especial para o Diário
06/03/2015 | 07:00
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Montagem/DGABC


Apesar da negativa dos integrantes, o G-12, grupo de vereadores independentes na Câmara de Santo André, pode estar com os dias contados. Há iminente aproximação de alguns parlamentares com o governo Carlos Grana (PT) e conversas com o petista e com o secretário de Governo, Arlindo José de Lima, já estariam acontecendo nas últimas semanas.

Na sessão de ontem, alguns vereadores que costumam atacar o governo, casos de Evilasio Santana, o Bahia (DEM), e Toninho de Jesus (SD), já mostraram posicionamento mais neutro, pouco apareceram na plenária e preferiram apenas ouvir as leituras de requerimentos feitas pelos secretários da mesa diretora e pelo presidente da Casa, bispo Ronaldo de Castro (PRB).

Nos bastidores, do grupo de 12 vereadores independentes, pelo menos cinco estariam mantendo conversas com o governo visando passar para o lado da situação.

Almir Cicote (PSB) já acena com a possibilidade de desfragmentação do bloco. “Nós sempre tivemos uma relação fraterna, mas sem colocar faca no pescoço, obrigando a ficar independente, até porque sabemos o quanto é difícil e sabemos da individualidade de cada vereador”, contemporizou.

O parlamentar Ailton Lima (SD) reforçou o discurso de Cicote e falou que nenhum vereador está acorrentado à ala. “Acho difícil alguém que fez parte do G-12 virar governista, mas o que tem acontecido em relação ao grupo é que ele se une em torno de assuntos importantes e, após a resolução desses assuntos, existe um clima de esvaziamento, até mesmo por questões partidárias”, observou.

Bahia também falou sobre o G-12 e cravou que nunca foi e nunca será base de sustentação do governo. “Até Jesus Cristo foi traído, né? Então o dia a dia da Câmara vai dizer”, comentou, em recado velado.

O vereador oposicionista Luiz Zacarias (PTB) se mostrou chateado com a situação e argumentou não duvidar que o grupo possa se desmanchar. “Ainda não existe nada, mas é difícil acreditar que alguém que esteja na nossa situação e saiba tudo que está acontecendo de errado no governo vá mudar de lado agora”, projetou.

O G-12 teve sua primeira formação em janeiro de 2013, na eleição para presidência da Câmara. À ocasião, a ala independente emplacou o nome de Donizeti Pereira (PV), derrotando o governo Grana. O bloco ressuscitou no fim de 2014, para que bispo Ronaldo fosse eleito mandatário da Casa.




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