Política Titulo 1º turno
Cunha vence eleição para presidência da Câmara no 1º turno

Candidato do PMDB disse que Parlamento federal será independente

Por Sérgio Vieira
Do Diário do Grande ABC
02/02/2015 | 07:00
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Estadão Conteúdo


Na primeira ação da recém-empossada Câmara Federal, o governo Dilma Rousseff (PT) sofreu um derrota acachapante: viu seu candidato à presidência da Casa, Arlindo Chinaglia (PT), ser tratorado por Eduardo Cunha (PMDB), maior rival da administração federal no Parlamento. Além disso, o PT ficou sem nenhum cargo na mesa diretora, o que deve gerar muita dor de cabeça para a chefe do Executivo nos próximos dois anos.

Dilma e parte dos ministros trabalharam duro para evitar vitória do peemedebista, que fez toda a campanha com a promessa de independência do Legislativo. O candidato do PMDB recebeu 267 votos dos 513 possíveis e venceu ainda no 1º turno, com dez votos de folga. Assim que Miro Teixeira (Pros) anunciou o placar, os apoiadores de Eduardo fizeram grande festa no plenário.

Chinaglia recebeu 136 votos e Júlio Delgado (PSB), que contava com apoio da base de oposição, com PPS e PSDB, ficou com apenas 100 sufrágios. Chico Alencar (Psol) teve oito menções. Ainda foram registrados dois votos em branco.

No discurso, Eduardo Cunha reafirmou que a Câmara não será subserviente ao Executivo, mas garantiu que não fará oposição à administração Dilma. “Essa presidência não irá atrapalhar a governabilidade da presidente. Vamos exercer com serenidade e não haverá nenhuma retaliação”, afirmou o novo presidente. Antes da eleição, Eduardo Cunha reclamou demais do que chamou de interferência da União na disputa parlamentar.

Ele já afirmou que irá pautar nas primeiras sessões a votação em segundo turno da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) do Orçamento Impositivo, que obriga o governo a executar as emendas parlamentares individuais.

Os dois deputados do Grande ABC trilharam caminhos distintos na disputa, nenhum deles vitorioso: Alex Manente (PPS) apoiou Julio Delgado e Vicentinho, Arlingo Chinaglia.

SENADO

Se na Câmara o cenário deverá ser difícil para a administração Dilma, no Senado o caminho é inverso. Com apoio do governo federal, Renan Calheiros (PMDB) foi reconduzido para mais dois anos à frente do colegiado. É a quarta vez que ele comanda o Senado, igualando a marca de José
Sarney, que encerrou a carreira política.

Renan obteve 49 votos contra 31 do colega de legenda Luiz Henrique. Ainda foi registrado um voto nulo. 




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