Uma quadrilha de seqüestradores que atuava na região de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, tinha um braço em São Bernardo. Quatro pessoas foram presas na manhã de segunda-feira enquanto tentavam sacar R$ 70 mil em uma agência bancária de São Bernardo.
A polícia investigava a enfermeira de São Bernardo Débora Elias, 33 anos, desde fevereiro desse ano. Ela é a principal suspeita de movimentar em sua conta bancária dinheiro de resgates de seqüestros. A movimentação em sua conta pessoal passavam de R$ 200 mil por mês.
Segundo o delegado da DIG (Delegacia de investigações Gerais) de Ribeirão Preto, Ricardo Turra, a quadrilha recebia os pagamentos dos resgates e depositava em uma conta fria. Após um ou dois meses, esse dinheiro era transferido para a conta da enfermeira que sacava o montante. “Em fevereiro, ela sacou R$ 200 mil que seriam da quantia paga pelo resgate de um empresário da região”, contou o delegado Turra.
A polícia rastreou a conta e descobriu que ela havia solicitado à agência do Banco Real, na qual tem conta desde 1996, o saque no valor de R$ 70 mil para a manhã de segunda-feira. Os investigadores prepararam o flagrante se passando por funcionários do banco.
Débora chegou acompanhada de outra mulher, Lúcia da Fátima Gonçalves, 46 anos, também moradora de São Bernardo, e dois homens, Élcio Luiz Gonzaga, 44, conhecido na região de Ribeirão Preto como Paraná, e Ernesto Fernandes, 51.
Débora colocou o dinheiro em uma bolsa e caminhou para a porta do banco. Do lado de fora da agência, mais policiais disfarçados aguardavam e surpreenderam a quadrilha, que não teve tempo de reação.
Os dois homens tinham uma longa ficha criminal, principalmente por estelionato. As duas mulheres não tinham antecedentes.
A Justiça concedeu a prisão temporária das três pessoas que acompanhavam Débora e a polícia levou segunda-feira à tarde os quatro para Ribeirão Preto, onde responderão por seqüestro e formação de quadrilha.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.