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Estudante arranca orelha de colega
Por Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
26/05/2007 | 07:08
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Uma estudante de 12 anos teve parte da orelha esquerda mordida e arrancada por uma colega de 14 anos durante uma briga dentro da escola estadual Odinei Maria Martins Santurbano, localizada na Vila Rica, em Santo André.

A adolescente, que teve a orelha decepada e levou 20 pontos, terá de passar por um tratamento de reconstituição para recuperar a parte da cartilagem perdida e só então poderá voltar a usar brinco.

A razão por tanta fúria teve uma motivação banal: um campeonato de queimadas realizado dentro da escola. A competição ocorreu na semana passada e envolveu diversas classes do colégio de ensino fundamental. As alunas envolvidas na briga estudam na 7ª série. A classe da agressora foi desclassificada porque as integrantes da equipe falavam muitos palavrões.

“A menina que arrancou minha orelha começou a me culpar pela desclassificação, me acusando de dedo-duro. Desde então, fez ameaças para todo mundo. A gente não acreditava que ela iria fazer isso”, afirmou a vítima.

Quinta-feira, as ameaças se concretizaram. Às 7h, as duas colegas se encontraram dentro da escola, perto do pátio, e começaram a brigar e a se agredir mutuamente. Dezenas de estudantes presenciaram a briga. Em dado momento, a adolescente de 14 anos agarrou a colega, mordeu e arrancou o lóbulo da orelha. “Ela cuspiu o pedaço e ainda ficou pisando. Foi horrível”, disse a garota de 12 anos.

Uma professora levou a garota até o Hospital Santa Helena, onde ela foi medicada. A parte arrancada não pôde ser reaproveitada. A agressora foi levada para o 6º DP e indiciada por ato infracional, passará por tratamento psicológico e acompanhamento monitorado pelo Conselho Tutelar.

“Foi uma violência absurda. Se essa menina não for expulsa da escola, minha filha não vai mais estudar lá”, afirmou a dona de casa J.A., 35 anos.

A Secretaria Estadual da Educação informou que a mãe da agressora irá solicitar transferência do colégio. A reportagem não localizou a família da agressora para comentar o assunto.




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