O presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Luiz Moan, afirmou ontem que acredita na possibilidade de reversão das 800 demissões anunciadas pela Volkswagen em São Bernardo na segunda-feira. “O caso da Volks é diferente, pois durante cinco meses houve processo de negociação entre montadora e sindicato (dos Metalúrgicos do ABC), mas os empregados não ratificaram o acordo. Sendo aprovada a proposta (de congelamento dos salários em 2015, o reajuste inferior à inflação para 2016 e a oferta de abonos nos dois anos) é possível que não haja as demissões”, disse. “Não acho que há um risco sistêmico. Acho que é pontual.”

Apesar de os profissionais terem sido avisados por telegrama a respeito dos cortes, a montadora deu mais 30 dias de licença remunerada a eles, até 5 de fevereiro, antes de homologar o desligamento da empresa.

“Já conversei com o João Dado (secretário estadual do Trabalho e Renda) e com o Manoel Dias (ministro do Trabalho e Emprego). Temos o papel de facilitadores das negociações. Se formos chamados vamos ajudar”, garantiu.

MERCADO - Questionado sobre as 260 demissões na Mercedes-Benz, também em São Bernardo, Moan respondeu que tudo o que ocorreu foi feito em comum acordo com o sindicato.

O dirigente disse que não possui nenhuma informação de processo de demissão em outras montadoras.