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Bush condena ocupação soviética na Europa Oriental
Da AFP
07/05/2005 | 18:41
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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, condenou neste sábado a herança do acordo de Yalta, que dividiu a Europa em 1945 (após a Segunda Guerra Mundial) e permitiu que metade do continente fosse controlado pela União Soviética durante quase meio século.

"O cativeiro sofrido por milhões de pessoas na Europa Central e do Leste será sempre lembrado como um dos maiores erros da história", afirmou Bush em seu discurso em Riga, por ocasião do 60º aniversário do fim da Segunda Guerra.

"O final da Segunda Guerra Mundial levantou questões inevitáveis para meu país: lutamos e nos sacrificamos apenas para conseguir a divisão permanente da Europa em dois lados armados?", destacou.

"Os Estados Unidos e seus aliados mais sólidos tomaram a decisão de não aceitar a libertação de apenas meia Europa e de não esquecer de seus amigos atrás da Cortina de Ferro", continuou.

Bush lembrou que a política americana consistiu em debilitar a União Soviética "até derrubar o comunismo sob a pressão externa e por suas próprias contradições".

Ao lado da presidente da Letônia, Vaira Vike-Freiberga, e dos presidentes de Estônia, Arnold Ruutel, e Lituânia, Valdas Adamkus, Bush lembrou que a derrota da Alemanha nazista marcou o início, para os países bálticos, da "ocupação" e da "opressão comunista".

Letônia, Estônia e Lituânia se tornaram independentes em 1991, em meio ao desmantelamento da ex-URSS.

Tensão- A celebração dos 60 anos do fim da guerra gerou certa tensão entre os três países bálticos e as autoridades russas, que se recusaram a se desculpar oficialmente pela ocupação depois da Segunda Guerra, tal como pediram os presidentes de Estônia e Lituânia, que não viajarão a Moscou.

A presidente da Letônia será a única dos países bálticos nas comemorações na capital russa.

Democracia- Ainda em Riga, Bush pediu ao presidente russo, Vladimir Putin, que prossiga com as reformas democráticas. "Na Rússia, os dirigentes têm feito grandes progressos nestes últimos 15 anos. O presidente Putin declarou recentemente que o futuro da Rússia está na Europa, e os Estados Unidos concordam com isto".

Putin "disse ainda que o futuro da Rússia não será ditado pelo exterior, e os Estados Unidos também concordam com isto", ressaltou Bush. "Este país (Rússia) seguirá seu próprio caminho em função de sua história, mas todos os países livres e que triunfam têm características comuns, como a liberdade econômica, de credo e de imprensa, o estado de direito e o equilíbrio de poderes".

"A longo prazo a força da democracia russa é que determinará a grandeza desse país, e acredito que seus cidadãos querem a liberdade, sem aceitar menos.




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