A derrota do Flamengo e o empate do São Paulo, quinta-feira, deram ao Corinthians a condição de precisar apenas de uma vitória, contra o Figueirense, hoje (18h), no Pacaembu, para levar o título simbólico do primeiro turno do Brasileirão.

Com 37 pontos, o líder abriu três pontos e duas vitórias a mais para o Flamengo com duas rodadas para o fim da primeira metade do Brasileirão. Assim, mais um triunfo garante à equipe do Parque São Jorge a liderança do torneio ao fim do primeiro turno.

Na história dos campeonatos de pontos corridos - desde 2003 -, o time que terminou o primeiro turno na frente só não ganhou o título em duas edições. "É parâmetro consistente. Quero que esse índice de aproveitamento (agora de 73%) extraordinário esteja sempre conosco", disse o técnico Tite.

Com a vitória em Minas Gerais, o técnico ganhou muitos pontos com a diretoria ao acertar na substituição que fez na partida contra o Atlético-MG, trocando lateral por atacante. Passou a receber elogios em vez de críticas por não trocar "seis por meia dúzia", segundo dirigentes. E salvou a pele com a vitória, já que havia três rodadas que o time não vencia.

Tite reafirmou que vai manter o esquema da última partida, mas não descartou que possa começar com Jorge Henrique de lateral-esquerdo. "A equipe vai manter o sistema 4-2-3-1. É a forma que vínhamos jogando. Fica o pepino para o técnico descascar. São quatro vagas para cinco atletas em grande momento."

A única alteração em relação à equipe que venceu o Atlético será a volta do zagueiro Chicão. Alessandro está confirmado na lateral direita e Welder continua na esquerda.

FIGUEIRENSE - O técnico Jorginho não poderá contar com o meia Elias, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Para a vaga do camisa dez, o comandante chamou Fernandes.

Tite considera Liedson essencial para tática funcionar

O gol de Liedson contra o Atlético-MG, que garantiu a vitória por 3 a 2, ilustra bem o que Tite espera do atacante hoje, no Pacaembu.

No esquema tático escolhido pelo treinador, com dois jogadores abertos na frente, ter um bom centroavante se torna essencial. Não foi acaso que o pior momento do Corinthians coincidiu com a ausência do atacante, que passou por cirurgia no joelho esquerdo.  "O time fica muito diferente com e sem ele (Liedson). Por mim, ele não fica fora nunca mais ", disse o técnico.