A taxa de inflação na cidade de São Paulo apresentou aceleração entre junho e julho, mas ainda permaneceu em nível baixo, conforme levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). No mês passado, o ICV (Índice do Custo de Vida) registrou variação positiva de 0,14%, que representou aceleração de 0,12 ponto percentual em relação a elevação de 0,02% de junho. Entre janeiro e julho, o ICV acumulou alta de 3,36%. Nos últimos 12 meses encerrados em julho, atingiu 5,21%.

Os principais movimentos de aumento em julho foram observados em habitação e saúde. Na outra ponta, as principais queda foram em alimentação, vestuário e equipamento doméstico. Quanto aos demais grupos pesquisados, o levantamento trouxe altas em recreação, despesas pessoais, transporte e educação e leitura . Despesas diversas, por sua vez, recuaram.

Segundo o Dieese, a expansão no grupo habitação foi resultado dos reajustes nos subgrupos locação, impostos e condomínio e conservação do domicílio . No primeiro subgrupo, o avanço foi reflexo do aumento dos aluguéis e, no segundo, influência da alta nas despesas com mão de obra da construção civil. Juntos, estes dois itens contribuíram com 0,15 ponto percentual do cálculo da taxa geral de inflação de julho.

No grupo saúde, o Dieese destacou aumento no subgrupo assistência médica, em função, principalmente, do reajuste no item seguro e convênio médico que, sozinho, contribuiu com 0,12 ponto percentual para a inflação de julho. Em contrapartida, o subgrupo dos medicamentos e produtos farmacêuticos teve pouca alteração em seus valores.

Quanto ao grupo alimentação, que mostrou a variação negativa mais expressiva de julho, os destaques foram as quedas em todos os seus subgrupos. O de produtos in natura e semielaborados recuou 1,47%, o de indústria alimentícia caiu 0,34% e o de alimentação fora do domicílio apresentou variação levemente negativa de 0,03%.