Política Titulo Crise no Senado
José Sarney nega ter recebido favores de empreiteira

O presidente do Senado defendeu-se da acusação de ter se hospedado no apartamento de uma construtora

Por Do Diário OnLine
Com AE
17/08/2009 | 07:00
Compartilhar notícia


O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), defendeu-se nesta segunda-feira, no plenário da Casa, da acusação de ter se hospedado em apartamentos que seriam de uma empreiteira, conforme denúncia feita pelo jornal O Estado de S.Paulo no último domingo.

Sarney alegou, irritado, que um dos apartamentos consta na declaração do Imposto de Renda de seu filho, o deputado Zequinha Sarney (PV-MA), e que a escritura ainda não aparece em nome de seu filho porque o imóvel ainda não teria sido quitado. "Perdoe a Casa a minha indignação. Sabe Deus o que eu tenho sofrido, mas eu não posso deixar de ver uma coisa dessas", disse, referindo-se à acusação.

O presidente do Senado afirmou ainda que adquiriu outro apartamento no mesmo prédio, em 1977, para abrigar os filhos que cursavam universidade em São Paulo. Sarney não apresentou explicações sobre o terceiro apartamento, onde o presidente do Senado teria se hospedado.

Reportagem publicada pelo jornal mostra que três dos dois apartamentos ocupados pela família Sarney na Alameda Franca, na região dos Jardins, em São Paulo, estariam em nome da construtora Holdenn Construções, Assessoria e Consultoria Ltda, antes batizada de Aracati Construções, Assessoria e Consultoria Ltda.

O principal nicho de negócios da Holdenn é o setor elétrico, área em que o peemedebista exerce influência.

O presidente do Senado disse estar sofrendo uma "campanha nazista" contra ele, e aproveitou para criticar o veículo autor das denúncias. " ‘O Estado de S. Paulo' tornou-se um tablóide londrino, publicando escândalo para vender", criticou Sarney, comparando as acusações que tem sofrido à história de "O Processo", de Frans Kafka, no qual uma pessoa é condenada sem saber quais processos existem contra ela.

O senador também lamentou que alguns senadores tenham sido "apressados" ao criticá-lo sem antes ouvir sua versão. Ele citou como exemplo o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), senador Demóstenes Torres (DEM-GO) que foi categórico ao defender que as "evidências" de troca de favores são motivo de sobra para instaurar uma investigação.

 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;