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'Negócio da China' para pais e filhos
Por Nino Sato
da TV Press
13/10/2008 | 07:03
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Segundo Mauro Mendonça Filho, diretor geral de Negócio da China, a grande estratégia utilizada no folhetim é fazer com que pais e filhos sentem-se juntos em frente à TV . Para isso, elementos de ação e de romance se misturam na trama de Miguel Falabella. "A gente investiu muito nas cenas de luta. Mas não tem sangue, não tem armas. É só porrada. Uma coisa meio Jaspion", explica.

O diretor não descarta a responsabilidade de dirigir uma trama contemporânea no horário das 18 h, na Globo. As novelas antecessoras, Desejo Proibido e Ciranda de Pedra, ambas de época, marcaram, respectivamente, a média de 23 e 22 pontos no Ibope - audiência considerada baixa para o horário. Isso fez com que a emissora optasse por exibir Negócio da China - antes prevista para as 19 h - nesta faixa de horário. "Temos de dar um tom confortável ao horário. Mas nada que pese na alegria de fazer a novela", analisa.

Como você espera que a cultura da China e as cenas de luta funcionem na trama?

MAURO MENDONÇA FILHO - A China está mais presente na nossa cultura do que a gente percebe. Na culinária, no figurino. O kung fu vai ser um dos principais elementos da trama. No Brasil, há uma tradição naluta oriental muito forte. Acho que estava na hora de explorar um pouco disso na teledramaturgia. Além disso, o kung fu é uma luta de exibição, que tem uma plasticidade incrível. É claro que daremos uma abordagem mais fabulosa. Mostraremos os lutadores como pessoas que praticamente conseguem flutuar.

E que referências você buscou para representar este universo da luta?

MENDONÇA - O kung fu já foi muito explorado em Hollywood. Tem muita coisa para se usar como referência, como os filmes Matrix e Kill Bill. O Jackie Chan é um bom exemplo, porque nos filmes dele sempre há a mistura da luta com o humor, assim como vamos fazer em Negócio da China. Também assisti a vários filmes de diretores chineses. A China tem uma cultura cinematográfica muito grande.

O fato de já ter trabalhado com o Miguel Falabella ajudou na direção?

MENDONÇA - Com certeza. Trabalhei com ele em teatro e, recentemente, o dirigi em Toma Lá Dá Cá. O desafio do diretor é ilustrar o universo do autor com clareza. Sou amigo do Miguel e isso ajuda muito na hora de entender a cabeça doida dele.

Recentemente foi divulgado que algumas cenas tiveram de ser regravadas. Como a equipe reagiu a isso?

MENDONÇA - Na verdade, regravar cenas é uma coisa supernormal. Coloquei várias cenas regravadas do Thiago Fragoso. Melhorou bastante. O Ricardo Pereira refez algumas também. E vamos refazer algumas da Grazzi. Isso tudo é para melhorar. Acontece às vezes do autor, do diretor, ou mesmo do próprio ator errar o tom da cena. Isso é algo absolutamente comum de acontecer.

Você acha que este assunto tomou uma proporção grande por conta da Grazzi ser a protagonista?

MENDONÇA - Acho que o preconceito existe, sim. Pelo fato de ela ter vindo do BBB. A Grazzi saiu do programa e foi lhe oferecida uma oportunidade que ela soube aproveitar. Estudou, e agora é uma estrela em potencial. Ela está fazendo a novela com muita graça e colocando a cara a tapa. Isso é o que importa. Para mim, é um privilégio ter o Fábio Assunção e a Grazzi Massafera como protagonistas.




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